Economia

Governo reforça oferta de bens e serviços no pólo da Catumbela

Arão Martins / Benguela

Jornalista

O compromisso do Executivo de continuar a criar infra-estruturas no Pólo de Desenvolvimento Industrial da Catumbela-Benguela (PDICB) foi, quinta-feira, reafirmado pela vice-governadora para o Sector Político, Social e Económico, Lídia Amaro.

12/04/2024  Última atualização 12H03
Lídia Amaro (à direita) recebe informações sobre o potencial de uma unidade fabril do PDICB © Fotografia por: Arão Martins | Edições Novembro | Benguela
O Pólo conta com 89 empresas com operações na indústria alimentar, bebidas, fertilizantes, obras públicas e construção, cerâmica, produção de blocos e prestação de serviços e tem zonas de expansão no Luongo, tendo definidas para os investidores vantagens como benefícios fiscais, apoio institucional do Estado, infra-estruturas e serviços como o acesso à água e electricidade.

Lídia Amaro, que visitou várias unidades fabris instaladas do Pólo para constatar  o potencial instalado, disse que o PDICB tem como âncora principal o Corredor do Lobito, que continua a despertar o interesse da comunidade internacional.

A visita de Lídia Amaro visou aferir o potencial de oferta do PDICB para cobrir a procura e impulsionar o comércio no Corredor do Lobito, que se prevê que vai levar inúmeros investidores a Benguela.

O PDICB, lembrou, está situado num eixo de extrema importância para a província de Benguela, o país e a região da África Austral, pelo que o Governo vai continuar a prestar  incentivos financeiros, fiscais e a prover infra-estruturas para viabilizar a implantação de negócios.

O Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB) e o Porto do Lobito constituem "o pulmão principal” do PDICB, constituindo-se em activos "bastante estratégicos" pela característica de servirem a região Centro e Sul do país e países encravados da região, com potencial para o trânsito de mercadorias diversas no sentido ascendente e descendente.

Centro logístico do país

Benguela ascende, mediante os projectos estruturantes em curso, à condição de principal centro logístico do país, já que vai contar, também, com a Refinaria e o Aeroporto Internacional da Catumbela, em fase de certificação, disse prever a vice-governadora.

Estas perspectivas, prosseguiu, levam o Governo a dedicar "um olhar muito mais atento na provisão de bens e serviços públicos. "Devemos estar preparados e devemos criar as melhores infra-estruturas, de modo a que não só os empresários que já estão cá, mas também aqueles que querem investir nesta região, não sintam as suas expectativas defraudadas”, disse.

Tendo em conta o desafio do Executivo de criar postos de trabalho, a vice-governadora de Benguela afirmou que, por aquilo que viu, a geração de emprego no PDICB é positivo. "Há aqui muita oferta de emprego” e o objectivo é aumentar estes números", afirmou Lídia Amaro.

Segundo a responsável, existem muitas mulheres nos postos de trabalho. "Isso, para nós, é uma garantia do cumprimento, por parte dos empresários, das aspirações do Governo e da sociedade angolana no domínio da igualdade de género”, disse.

Durante a visita, a vice-governadora percorreu, também, uma empresa que trabalha na gestão sustentável dos resíduos sólidos, por considerar que as questões ambientais são um elemento fundamental que deve ser observado no PDICB. "As indústrias aqui têm estado a observar questões ambientais”, disse, um domínio em que o Governo vai continuar a trabalhar com as empresas e reforçar os níveis de exigência.

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