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Governo do Bié cria plano de contingência de Calamidades e Outros Fenómenos Naturais

Matias da Costa | Cuito

Jornalista

O Governo do Bié tem mais de sete mil milhões de kwanzas para usar no Plano de Contingência de Calamidades e Outros Fenómenos, que acontecerem durante a época chuvosa nos nove municípios da província, anunciou, sábado, o 2º comandante dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros.

11/08/2024  Última atualização 10H35
Comissão pretende minimizar, o máximo possível, os danos das próximas chuvas © Fotografia por: Edições Novembro

Adilson Bumba referiu, durante um encontro da Comissão Provincial de Protecção Civil, que foi aprovado para o Plano de Contingência, Resposta, Recuperação de Calamidades e Desastres, até 2027, um valor de mais de sete mil milhões de kwanzas do Orçamento Geral do Estado (OGE)para acudir as famílias vítimas de calamidades.

Durante o encontro foram também avaliados os danos causados pelas chuvas durante os 12 últimos meses, bem como as ocorrências, há quatro meses, de actividades sísmicas nos municípios do Chinguar, Cuito e Cunhinga.

O modelo do Plano de Contingência 2024-2027, apresentado pelo comandante adjunto, inclui os níveis de actuação comunais, municipais, provincial e central. De acordo com Adilson Bumba, o plano define os objectivos gerais que vão prevenir e mitigar riscos e ajudar a enfrentar situações de desastres que possam ocorrer na província e ainda os específicos, que incluem a identificação, avaliação e análises de ameaças a zonas onde estão concentradas as populações mais vulnerável.

O Plano de Contingência, explicou, contempla também a formação de brigadistas nos nove municípios da província, que vão auxiliar o corpo de bombeiros. Durante o período 2023/2024, avançou,  registou-se a destruição de 4.073 casas e igual número de famílias ficaram desalojadas, em função das chuvas que se abateram sobre a província de Agosto de 2023 a Maio de 2024.

 No mesmo período, referiu, um total de 730 famílias receberam  7.300 chapas de zinco e bens de primeira necessidade das Comissões Municipais de Protecção Civil e outras 1.145 famílias beneficiaram de 86.000 kwanzas cada.

As chuvas no Bié, informou, causaram 68 mortes, sendo 51 por descargas atmosféricas, oito por arrastões das correntezas das águas pluviais, seis por desabamento de paredes de residências e três por deslizamento de terras, bem como 56 feridos, dos quais 15 por descargas atmosféricas e 41 por desabamento de residências, construídas com material precário.

No fim do encontro, o vice-governador para o Sector Técnico e Infra-Estruturas do Bié, Edgar Hilário, que dirigiu a actividade, pediu para terem maior atenção na elaboração do orçamento da província, em especial quanto às questões relacionadas com a Protecção Civil.

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