A cargo da empresa Kubuila, os trabalhos de desminagem tiveram início na barragem das Mabubas, na comuna com o mesmo nome, no município do Dande, e têm por objectivo principal criar áreas livres de minas e engenhos explosivos nos locais onde vão ser implantadas as torres de transporte de energia para as comunidades do Triângulo que inclui o município de Nambuangongo, Bula Atumba e Pango Aluquém.

Numa das visitas de constatação ao local onde teve início o processo, o vice-governador para o sector Técnico e Infra-estructuras, Edson da Cruz, afirmou que o Governo da província do Bengo está preocupado com o andamento da actividade de desminagem para possibilitar que, dentro dos prazos estipulados, a empresa de electricidade comece a implantar as torres que vão transportar energia da Barragem das Mabubas para o interior da província.

A remoção e destruição de engenhos explosivos vão permitir, também, a circulação em segurança das populações e garantir o impulsionamento de diversos projectos sociais e económicos do Governo nas comunidades.

O governante mostrou-se, igualmente, preocupado com o estado actual do estaleiro da empresa que na sua visão, não apresenta letreiro de sinalização e aconselhou que deve ser devidamente identificado para alertar as populações sobre os trabalhos em curso.

Neste caso, aconselhou, ainda, à empresa Kubuila no sentido de mobilizar mais meios e ser for necessário aumentar o número de técnicos no terreno para que os trabalhos corram da melhor forma no terreno.

Por seu turno, o supervisor do processo de desminagem da Kubuila, Domingos Kassoma disse que a previsão da empresa é desminar dez quilómetros por semana para garantir que dentro de dois ou três meses atinjam a comuna do Úcua, numa distância de 62 quilómetros, numa primeira fase e posteriormente seguir para Nambuangongo que constitui o triângulo a ser electrificado.

"A nossa meta é desminar 62 quilómetros até à comuna do Úcua numa primeira fase e na segunda etapa prosseguir com os nossos trabalhos até a Nambuangongo, caso não surgirem imprevistos ao longo dos nossos trabalhos”, pontualizou.

Ao todo, 27 técnicos de desminagens levam a cabo a actividade e, até ao momento já foram removidos dois engenhos explosivos, retirados 40 munições de AKM e presumem encontrar, a medida que a actividade prosseguir, mais material bélico.