Regiões

Governo defende educação ambiental para preservação da natureza

Jaquelino Figueiredo | Mbanza Kongo

Jornalista

A colocação da educação ambiental no topo das prioridades, no sentido de minimizar as consequências que advêm da falta de conhecimento da importância da preservação da natureza, é urgente, anunciou o vice-governador do Zaire para o sector Político, Social e Económico.

03/02/2023  Última atualização 07H15
Um pormenor dos mangais, espécies vegetais sob protecção © Fotografia por: GARCIA NEVES MAYATOKO | edições novembro | ZAIRE

 Afonso Nzolameso disse, durante o acto provincial do Dia Nacional do Ambiente  celebrado a 31 de Janeiro, que "o Governo da Província do Zaire considera que a educação ambiental deve estar no centro das prioridades, quando traçamos as políticas de protecção do ambiente, tendo em conta as graves consequências que decorrem da falta do mínimo de conhecimento sobre a importância da conservação da natureza para a sobrevivência da espécie humana”, acrescentou.

O governante garantiu, ainda, no âmbito das prioridades e estratégias do Governo do Zaire, apoiar alguns parceiros sociais que não revelou, para o processo de reciclagem e reaproveitamento de resíduos sólidos que pretendem levar a cabo, com vista a fomentar o negócio cujos benefícios incidem directamente ao ambiente.

"O Governo Provincial, através do Gabinete do Ambiente, vai apoiar os parceiros sociais para reciclagem e reaproveitamento dos resíduos sólidos e, assim, promover o negócio dos produtos reciclados e evitar o desperdício”, garantiu.

A exploração ilegal de inertes, a caça furtiva e as queimadas que se registam todos os anos, a nível da província do Zaire, preocupam as autoridades locais, tendo em conta as graves consequências contra o ambiente e a vida de várias espécies na região, revelou o vice-governador do Zaire para o sector Político, Social e Económico.

O governante revelou preocupação com fenómenos  como "a exploração ilegal de inertes que contribui para a degradação dos solos, a caça furtiva que tem como consequência o abate indiscriminado de animais selvagens, incluindo as espécies protegidas e as queimadas anárquicas que põem em causa a segurança das pessoas e dos equipamentos sociais, tais como as linhas de transporte de electricidade”. Todas elas, adiantou, preocupam-nos bastante e queremos contar tambémcomo engajamento da população para para os combater. 

Segundo o vice-governador do Zaire, tendo em conta as consequências negativas que advêm de tais actos dos homens do lucro fácil, urge a necessidade de tomar medidas contra os seus autores, não apenas educativas, mas também punitivas para se acabar com tais crimes ambientais na região.

"Durante o ano findo, quatro pessoas morreram na província em consequência das queimadas causadas por caçadores furtivos e lavradores. Este facto demonstra quão grave é a situação e urgente a tomada de medidas, não só educativas, mas também punitivas, responsabilizando os autores dos crimes ambientais para fazer jus ao lema "Reutilizar o passado, reciclar o presente e salvar o futuro”, apelou o responsável.

Por seu turno, a técnica do projecto do Kitabanga, Juelma dos Santos, disse que a estratégia do governo em reciclar e reaproveitar os resíduos sólidos, considera-se louvável, por concorrer na protecção de várias espécies, sobretudo a tartaruga marinha que, tem a região do Soyo, como o local de reprodução.

"Temos várias ameaças, a principal tem a ver com as redes de pescas, os resíduos urbanos que, de alguma forma vão parar ao mar e têm contribuído significativamente para a mortalidade de várias espécies de tartarugas marinhas aqui em Angola e, então, essa preocupação do governo, em reciclar ou reutilizar o lixo, é de grande importância, não só para proteger espécies marinhas, como o caso das tartarugas, mas também para proteger o ambiente no seu todo, cuja tarefa de proteger e conservar a biodiversidade de Angola é de todos nós, então juntos somos mais fortes”, acrescentou.

De salientar que, o Dia Nacional do Ambiente no Zaire, serviu, também, para reconhecer os feitos e a contribuição de várias instituições públicas e privadas, bem como de pessoas singulares e colectivas na protecção, preservação da natureza e da biodiversidade, com destaque para Edições Novembro que foi distinguida com um diploma de mérito e uma estatueta.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Regiões