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Governo de Lula da Silva será constituído por 37 ministérios

O Governo do Presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, será muito maior que o actual, tendo 37 ministérios, contra os apenas 23 do Chefe de Estado cessante, Jair Bolsonaro, anunciou, sábado o seu futuro chefe de gabinete.

19/12/2022  Última atualização 04H25
Presidente eleito do Brasil prevê um executivo com mais governantes que o actual © Fotografia por: DR

Mesmo que o número de pastas aumente 60 por cento no terceiro mandato de Lula da Silva, que toma posse a 1 de Janeiro, a sua equipa garante que o número de cargos totais dos ministérios permanecerá praticamente inalterado.

"O Presidente Lula pediu para desmembrar os ministérios, mas sem criar mais cargos”, afirmou aos jornalistas Rui Costa, que vai ser ministro da Casa Civil, cargo que se situa a meio caminho entre um chefe de gabinete e um Primeiro-Ministro.

Segundo aquele responsável, a estrutura do novo Executivo brasileiro será "transversal” e um grande número de funcionários públicos terá que trabalhar para vários ministérios, o que permitirá economizar pessoal.

Lula, de 77 anos, voltará a exercer o cargo supremo da nação brasileira vinte anos depois de deixá-lo, com popularidade recorde, após os seus dois primeiros mandatos (2003-2010). No seu segundo mandato o Governo já contava com 37 ministérios.

Na época, a economia florescia, graças ao "boom” das "commodities” que permitia à esquerda implementar programas sociais ambiciosos, dos quais um dos mais emblemáticos foi o "Bolsa Família”.

Mas o contexto económico é muito diferente neste início do seu terceiro mandato e o empresariado teme que este novo Governo Lula abandone o rigor orçamental.

Rui Costa, ex-governador do estado da Baía (Nordeste), indicou que os Ministérios da Pesca, da Cidade e do Desporto, que tinham desaparecido no Governo de Bolsonaro, serão recriados.

Assim como a Cultura, que tinha sido relegada para uma simples secretaria. O renascimento deste ministério, que tinha sido prometido por Lula da Silva na campanha, será comandado pela cantora Margareth Menezes, a primeira mulher e primeira negra entre os ministros anunciados até hoje, após a nomeação de cinco homens brancos.

O Ministério da Economia será desmembrado, entre Fazenda (Finanças), Planeamento, Gestão e Desenvolvimento, além de Comércio e Indústria.

O ministério das Infra-estruturas foi dividido em dois, de um lado o Ministério dos Transportes, que incluirá rodovias e ferrovias, e do outro o Ministério dos Portos e Aeroportos.

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