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Augusto Cahacaya e António Paulino, acompanhados pelo Conjunto Os Kiezos, animam, amanhã, mais uma edição do projecto “Almoço em Família”, na Praça da Unidade Africana, no bairro Miramar, em Luanda.
O Governo da Província de Luanda realiza, amanhã, a partir das 10h00, o “Roteiro Cultural Turístico” que parte do centro histórico da baixa até ao município do Cacuaco, inserido nas comemorações do 447º ano aniversário da cidade capital.
Para assinalar as festividades está programada, entre outras actividades, o passeio turístico como forma de dar a conhecer as potencialidades no sector a nível da província de Luanda.
Em declarações, sexta-feira, ao Jornal de Angola, a directora provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, Tatiana Mbuta, ressaltou que está a ser programada uma vasta actividade cultural. O roteiro, disse, tem o ponto de partida, às 9h00, no Museu de História Militar. No seguimento, os turistas nacionais e estrangeiros vão visitar o Museu da Moeda, o Largo do Bangão, no Sambizanga, zona do monumento histórico Mulemba-Wa-Xangola, no Cazenga.
Na vila do Cacuaco, a caravana composta por mais de 80 turistas entre nacionais e estrangeiros será recebida na zona da Cimangola, pelo administrador Auxilio Jacob e depois rumam para uma visita guiada à feira do Artesanato, localizada no Marco Histórico do Kifangondo, uma fábrica de medicamentos, Centralidade do Sequele, Miradouro (caso não chova devido às dificuldades de acesso), no Parapeito e Lagoa do Kifangondo, última paragem.
A responsável do sector cultural em Luanda disse que no local vai ser realizada uma feira agrícola onde serão expostos a diversidade e a riqueza dos produtos do campo da região.
A digressão, disse, termina com alguns momentos culturais e artísticos, cuja intenção "é criar novos factos culturais e promover o hábito da realização do turismo cultural na capital devido o seu diversificado património histórico”.
De acordo com Tatiana Mbuta a ideia é "incentivar a criação de mais espaços de lazer onde cada um dos intervenientes possa trocar experiências no domínio artístico e cultural”.
Explicou que a Direcção Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos está a trabalhar em parcerias com algumas unidades hoteleiras e instituições de ensino que vão indicar alguns turistas para fazer parte do "Roteiro Turístico”.
Por sua vez, o director da Cultura, Turismo e Desporto do Município de Luanda, Manuel Dala de Sousa, fez compreender que alguns dos patrimónios culturais locais da cidade têm o mesmo tempo de existência de fundação da própria cidade e a manutenção tem um custo elevado devido à complexidade.
O governo local, disse, tem feito esforços no sentido de manter contactos permanentes com alguns dos detentores destes imóveis históricos, no sentido de os mobilizar para a manutenção e preservação.
Palestra
A Comissão Administrativa do Município de Luanda (CAML), realizou, na manhã de ontem, uma palestra sobre "Monumentos e Sítios da Cidade de Luanda”, no Anfiteatro da Universidade Metodista, na qual teve como orador o historiador e docente Domingos Lopes.
Durante a palestra dirigida e assistida por estudantes dos diferentes cursos da Universidade Metodista, designadamente o curso de Animação, Hotelaria e Turismo, bem como o de Arquitectura e Humanismo, o linguista e docente universitário, Domingos Lopes, começou por fazer um resumo da fundação da cidade de Luanda, em 1576, por Paulo Dias de Novais.
Domingos Lopes explicou que foi desde essa altura a capital de Angola, devido à importância, do ponto de vista administrativo, político, religioso e económico. De uma pacata vila, revelou, foi elevada à categoria de cidade em 1605. As primeiras construções que deram origem à urbe, contou, dariam mais ou menos dessa época e encontravam-se ao longo da "Cidade Alta” e "Cidade Baixa”.
Dono de uma cultura geral inigualável sobre a história da formação e locais históricos de Luanda, o também assessor do vice-governador da Província de Luanda para o Sector Político e Social, Manuel Gonçalves, contou que à semelhança das outras cidades do país, que contam já com uma certa antiguidade, como por exemplo a cidade de Benguela, consideradas naquela altura "cidades comerciais”, agruparam-se no caso concreto de Luanda, na "Cidade Baixa”, as grandes firmas, armazéns e o porto que, sobretudo no seculo XVII, fizeram prosperar a Cidade, vindo posteriormente a alastrar-se para além das áreas adjacentes ao morro da Fortaleza de São Miguel, onde a urbe se confinar no decurso dos séculos anteriores.
Ocupação estratégicas
A ocupação à beira-mar (entre os morros e a praia), disse, alongava-se até à Ermida da Nazaré, construída em 1664, no anterior lugar da Fortaleza de Santa Cruz. Domingos Lopes explicou que um conjunto de construções de alinhamento irregular com frente à baía foi-se formando em progressão contínua a caminho da saída da cidade que passando pela Fortaleza de S. Francisco do Penedo e São Pedro da Barra, dirigia-se ao norte e em direcção à Barra-do-Bengo e, posteriormente, seguindo para o interior acompanhando à margem do rio.
Segundo o historiador, durante a dissertação sobre os "Monumentos e Sítios da Cidade de Luanda”, com o passar dos anos, aparece um conjunto de edificações paralelas ao primeiro, dando origem a uma extensa rua que, no século XIX, já se chamou Rua Direita do Bungo e Rua Direita de Luanda, hoje conhecida ainda como Rua Major Kanhangulu.
Entretanto, sublinha, foi desta maneira que cresceu a Cidade Baixa em Luanda. Já na parte alta da cidade, disse, estendeu-se da Fortaleza até ao convento de São José dos Terceiros Franciscano. "Esse convento viria a acabar em ruína e os restos aproveitados para a construção daquela que é a parte mais antiga do Hospital Josina Machel, inaugurado em 1883 com a designação de Hospital de dona Maria Pia.
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