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Governador descarta encerramento do Porto Fluvial de Quimbumba

O Governo da Província do Zaire não tenciona encerrar o Porto Fluvial de Quimbumba, situado num dos canais do rio Zaire, nos arredores da cidade petrolífera do Soyo, mas trabalhar para melhorar as suas condições, assegurou o governador provincial, em visita ao referido local.

15/01/2023  Última atualização 05H00
Espaço é usado para a realização de trocas comerciais entre Angola e o Congo Democrático © Fotografia por: Victor Mayala | Edições Novembro | Soyo

"A preocupação mantém-se. Vamos continuar a trabalhar para melhorar as condições deste local, porque trabalham aqui muitos jovens cujo emprego é preciso preservar. Chamar a atenção que o objectivo não é de encerrar o Porto. Temos é que organizar bem as coisas, no sentido de termos melhores condições de trabalho e arrecadarmos mais receitas”, disse Adriano Mendes de Carvalho.

A ideia segundo o governador passa por trabalhar para melhorar as condições de empregabilidade e o surgimento de novos postos de emprego, principalmente para juventude, a camada social mais afectada pelo desemprego na região.

O Jornal de Angola constatou que o Porto artesanal de Quimbumba tem movimentado, diariamente, entre 700 e 800 toneladas de produtos diversos, com destaque para os da cesta básica, provenientes de vários pontos do país, com destino à vizinha província de Cabinda.

O Jornal de Angola apurou que o Porto Fluvial de Quimbumba tem sido a "bóia de salvação” para grande parte da população desempregada, geralmente jovens, que trabalham na estiva da carga transportada em embarcações de fabrico artesanal de e para Cabinda, bem como para  regiões da República Democrática do Congo (RDC).

O local é, também, um dos vários postos de fiscalização de movimento fronteiriço existentes a nível do município. 

 

Visita do CEMG das FAA

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Angolanas (FAA), Egídio de Sousa Santos, trabalhou no Zaire, entre os dias 11 e 12, com o objectivo de avaliar o grau de prontidão dos efectivos destacados ao longo da orla fronteiriça, partilhada com a República Democrática do Congo (RDC).

Visitou igualmente o Porto Fluvial de Quimbumba, em companhia do governador da província e, na ocasião, não teceu considerações em relação ao cenário encontrado no local, tendo dito apenas que o assunto vai ser levado ao conhecimento das instâncias governamentais superiores.   

"Não tenho comentários a fazer. É o cenário que encontrei. A nossa autoridade militar não é compatível para resolver estes problemas. É preocupante e vamos levar à consideração do escalão superior”, disse Egídio de Sousa Santos.  

A província do Zaire tem 310 quilómetros de fronteira, repartidos entre 120 quilómetros de fronteira terrestre e 190 quilómetros de fronteira fluvial, a partir do município do Nóqui até à Ponta do Padrão, no Soyo. A par disso, existe a fronteira oceânica, que se estende até ao Ambriz e liga à província de Cabinda. Este percurso fronteiriço está estimado em 250 quilómetros.  

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