Falando em conferência de imprensa, via zoom, o técnico dos Palancas Negras deixou claro que existe no seio dos jogadores um "espírito positivo" no sentido de olhar para os tempos de crise como uma excelente oportunidade de superação.

"Sabemos que a Gâmbia está perto de fazer história. Também sabemos do nosso valor. Estamos confiantes, crentes, com vontade, alegria e determinação. Não há receio de competir. Há vontade de jogar futebol e representar Angola e, obviamente, acalentando esperanças de estar no Campeonato Africano", disse.

Pedro Gonçalves admite estar ciente das dificuldades que a Selecção pode enfrentar na deslocação a Banjul. Em face disso, garante que os jogadores encaram "as contrariedades de forma destemida", dispostos a "superar os adversários" e esquecer o "conjunto de restrições provocados pela pandemia da Covid-19" que limitou as opções no grupo.

"Não vamos encarar estas contrariedades como algo duvidoso. Sabemos das nossas qualidades e do que podemos dar no jogo. A Gâmbia deverá ser superior para nos ganhar", assegura, para em seguida reiterar a confiança em relação às hipóteses de Angola alcançar os objectivos.
"Estamos crentes na qualificação. Queremos encontrar estratégias e formas de superar o jogo com a Gâmbia e sairmos vitoriosos. Existe um espírito positivo no sentido de olhar para o futuro e meter 'mãos à obra'.  Vamos encarar o jogo destemido e acreditar que podemos superá-lo e depois bater o Gabão", vaticinou.   
 
Ausências forçadas
 Como se não bastasse a condição aflitiva que enfrenta na tabela de classificação do grupo D das eliminatórias ao CAN, a Selecção Nacional confronta-se, igualmente, com a indisponibilidade de alguns jogadores a integrarem o grupo por razões de lesão e imperativos de protocolo da Covid-19.
Pedro Gonçalves lamenta, por isso, as ausências forçadas de Gelson Dala, Bastos Quissanga e Geraldo, fundamentais na manobra ofensiva e defensiva da Selecção, bem como dos notáveis e promissores Fábio Abreu, Clinton da Mata, Giovani, Hélder Costa, Lucoqui, Anderson, Ricardo Baptista e Jerémie Bela.

"Tínhamos convocado 30 jogadores, mas um conjunto de vicissitudes levou a que tivéssemos de produzir várias alterações. O Gelson está lesionado e o Geraldo pediu dispensa para melhor adaptação ao novo clube. O Clinton da Mata, Hélder Costa, Lucoqui e o Jerémie Bela não podem cá estar devido a circular da FIFA sobre o protocolo da Covid. Já o Anderson e o Ricardo Baptista ainda não têm o passaporte angolano", esclareceu.

 
Atletas optimistas
A crença e a determinação dos Palancas Negras em vencer o jogo de amanhã, em Banjul, está patente nas declarações do extremo Ary Papel e do médio-ofensivo Bernarfa.
 "Estamos bem, muito confiantes e focados nos nossos objectivos. Queremos fazer um bom jogo. Temos qualidade, vontade e determinação para vencer o jogo", adiantou o experiente Ary Papel, em conferência de imprensa, secundado pelo avançado Bernarfa.

"O sentimento é de satisfação por ter sido chamado para representar a Selecção Nacional. Estou aqui para dar o meu contributo e justificar com boa exibição a minha presença nos convocados", disse o estreante Benarfa.
Hoje, às 7h00, a Selecção embarca para Banjul, em voo fretado da companhia aérea de bandeira.
Seguem viagem os seguintes jogadores: Dominique e Beny (guarda-redes), Pedro, Diógenes, Matuwila, Picas, Benarfa, Paizo, Kialonga Gaspar, Loide Augusto, Estrela, Herenilson, Mário Balbúrdia, Kinito, Jonathan Buatu, Fredy, Melono, Ary Papel, M’Bala Nzola e Vá. Aguardam a Selecção já na Gâmbia os atletas Hugo Marques (guarda-redes), Show e Núrio Fortuna.