Economia

Gestores portuários desenvolvem projectos contra poluição marítima

Ana Paulo

Jornalista

A província de Luanda terá nos próximos três anos, um projecto de Estação de Tratamento de Águas Residuais implementado para a recolha e tratamento dos resíduos sólidos e líquidos produzidos no recinto portuário para a protecção do mar.

25/11/2023  Última atualização 17H36
Director do Porto de Luanda, Pedro Dário/ e PCA do Porto do Namibe, Nazaré Neto © Fotografia por: Luís Damião|Edições Novembro
O projecto que está a ser desenvolvido pelo  Porto de Luanda em parceria com o governo da província, será executado na comuna da Kinanga junto à Nova Marginal de Luanda e vai cingir-se essencialmente no tratamento de águas residuais quer domésticas, industriais e as provenientes dos navios.

 O director de Infra-Estruturas, Obras e Aprovisionamento do Porto de Luanda, Pedro Dário Quichaúa, realçou que, o projecto será desenvolvido no sentido da melhoria das condições de salubridade do meio ambiente, incluindo,  como atender as normas internacionais que defendem a prevenção da poluição por navios.

O projecto tem um custo inicial  avaliado em 600 milhões de dólares com a previsão de execução de dois a três anos. Quanto ao financiamento, Pedro Dário Quichaúa  disse que o GPL está a trabalhar para que se consiga os montantes, valor que o Porto de Luanda garante também contribuir no que for possível.

A iniciativa  do projecto, segundo Pedro Dário Quichaúa, surgiu da existência de  um macro projecto de tratamento de água projectado pelo GPL, que incide sobre a zona urbana da cidade de Luanda, e dada a sua importância  o Porto de Luanda decidiu juntar-se  para a materialização do projecto.

" O projecto é importante por um lado por não termos nenhuma infra-estrutura do género, e por outro lado, por  fazermos o desassoreamento no cais, o que faz com que o Porto realize constantemente acções de dragagem de manutenção que são de custos elevados", frisou  Pedro Dário Quichaúa, tendo garantido que tudo está a ser feito para que o projecto arranque em 2024.

Assegurou que, se o porto poder ter infra-estruturas a funcionar terá um ganho, não só na protecção da orla marítima, mas também, na diminuição de custos de dragagem.

Outro grande contribuinte na defesa do meio ambiente, é o Porto do Namibe que tem desenvolvido acções em parceria com universidades locais.

Segundo o presidente do Conselho de Administração, Nazaré Neto, a empresa  em prol da protecção da economia azul e do meio ambiente desenvolve acções de recolha de resíduos sólidos na orla marítima.

"Os Portos são considerados como um dos grandes poluidores marinhos, daí que, o Porto do Namibe está atento através dos seus órgãos de fiscalização de forma a mitigar acções do género", frisou Nazaré Neto.

O gestor destacou que fruto das cargas e descargas de algumas embarcações, trazem determinadas substâncias oriundas dos motores, navios ou mesmo do lixo.

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