Economia

Gestores da Textang investem da cadeia de valor do algodão

A fábrica têxtil Textang II, em Luanda, prevê iniciar a produção de algodão até Março, no desfecho do concurso público que, em Setembro de 2020, levou a empresa angolana IEP a obter a adjudicação da gestão da companhia.

04/02/2021  Última atualização 12H55
© Fotografia por: DR
Isso mesmo foi anunciado, ontem, pelo presidente do Conselho de Administração da IEP, Jorge Amaral, no acto de recepção das chaves da fábrica, do Instituto de Gestão de Activos e Participações de Estado (IGAPE), o primeiro de uma série de actos desta natureza encetados pelo organismo institucional.Jorge Amaral revelou ter investido 15 milhões de dólares para relançar o mercado do algodão em Angola. "O nosso objectivo é pôr esta fábrica em plena produção a partir de agora, isto é, até ao mês de Março”, declarou o empresário.

Segundo o líder da IEP, a empresa tem o plano ambicioso de continuar o investimento, por considerar que, para relançar o mercado,  é fundamental que o algodão seja cultivado em Angola,  que tem potencial para ser auto-suficiente na produção da matéria-prima e na exportação de bens industriais acabados saídos daquela e de outras têxteis angolanas, uma perspectiva que estima que só se concretiza dentro de três anos.

Com capacidade para empregar 700 trabalhadores, a Textang II inicia a operação com 370 vagas preenchidas, tendo o objectivo de completar a oferta de emprego na medida do crescimento da fábrica.O IGAPE fez a entrega formal das chaves da Textang II à IEP, empresa vencedora da adjudicação da unidade, no âmbito do concurso público de privatização nº 1/20, realizado entre Maio e Setembro de 2020 para a adjudicação de três unidades têxteis construídas ou reabilitadas com fundos públicos, além das Textang II, a Comandante Bula (ex- Satex), localizada no Dondo, Cuanza-Norte, e a África Têxtil, de Benguela.

Em declarações à imprensa, o técnico do IGAPE Divaldo Oliveira afirmou que o novo gestor da Textang II vai pagar uma renda anual de 845 milhões de kwanzas ao Estado, com opção de compra do património, no fim da vigência deste contrato de oito anos.

Os contratos de adjudicação das três empresas têxteis ficaram avaliados em 33 mil milhões de kwanzas, valor que, em Setembro, elevou para 64 mil milhões de kwanzas a receita gerada pela privatização de 23 activos no âmbito do Programa de Privatizações (Propriv).O Propriv inscreve 195 entidades e activos públicos a serem privatizados, até 2022, nos sectores das telecomunicações, indústria, banca, petróleos, recursos minerais, aviação, seguros, entre outros. 

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