Desporto

Gelson Saraiva está irradiado da actividade desportiva

Job Franco

Jornalista

O vice-presidente para a área financeira e tesouraria da Associação Provincial de Futebol de Luanda (APFL), Gelson Saraiva, está afastado de toda actividade futebolística e perde a possibilidade de candidatar-se no próximo pleito eleitoral.

27/05/2024  Última atualização 07H46
Dirigente é acusado de manchar imagem da APFL © Fotografia por: DR

A suspensão é resultado do processo disciplinar instaurado pela instituição reguladora do desporto "rei” em Luanda. Segundo comunicado da APFL, Gelson Saraiva é acusado de manchar o bom nome e prestígio da Associação Desportiva.

"Gelson Saraiva foi irradiado de toda actividade futebolística nos termos do disposto no artigo 18.º do Regulamento de Disciplina da Federação Angolana (FAF) e do VII da alínea a) do artigo 78.º do Estatuto Orgânico do órgão que movimenta o futebol nacional pelo Conselho de Disciplina, por violar os seus deveres gerais de conduta enquanto dirigente desportivo”.

O relatório refere que, desde o mês de Novembro de 2022, Gelson Saraiva tem manifestado falta de ética, práticas pouco recomendáveis, com comportamentos indecorosos em hasta pública, desrespeita os princípios da APFL, de solidariedade, lealdade, dedicação e empenho e sobretudo de competência.

"Enquanto responsável pelas finanças e tesouraria da APFL, o autor recebeu por transferência bancária akz 980.000.00 (novecentos e oitenta mil kwanzas) para uma deslocação em serviço que nunca aconteceu. Por outro lado, recebeu em mão 640.000.00 (seiscentos e quarenta mil) e 800.000.00 (oitocentos mil), sem prejuízo das avenças que recebia. Paga propinas a algumas pessoas. Os clubes têm razão quando acusam a APFL de má gestão e desvio de dinheiro”.

Quanto à transferência de valores e os recebidos em mão, a direcção da APFL contratou a empresa Olijase Consultora Lda, a fim de apurar a gestão financeira do vice-presidente, Gelson Saraiva.

"A empresa foi contratada por iniciativa do presidente de direcção, Rafael Maria, por suspeitar de alguns procedimentos incorrectos e pouco claros”, explica o relatório.

Em entrevista à Televisão Pública de Angola, a 31 de Março, o acusado afirmou categoricamente que: "A Liga de Futebol de Luanda é um embuste”.          

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