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Gâmbia terá lei para proteger a mulher de rituais violentos

Os legisladores na Gâmbia vão votar, esta semana, uma legislação que visa revogar a proibição, desde 2015, da mutilação genital feminina, o que o tornaria o primeiro país a fazer essa inversão.

20/03/2024  Última atualização 11H38

O projecto é apoiado por conservadores religiosos na nação maioritariamente muçulmana com menos de 3 milhões de habitantes. O texto "procura defender a pureza religiosa e salvaguardar as normas e valores culturais”. O principal órgão islâmico do país chamou a prática de "uma das virtudes do Islão”, referiu ontem, a AFP.

 O antigo líder da Gâmbia, Yahya Jammeh, proibiu a prática em 2015, numa surpresa para os activistas e sem qualquer explicação pública. As Nações Unidas estimam que mais de metade das mulheres e raparigas com idades entre os 15 e os 49 anos na Gâmbia foram submetidas ao procedimento. Mais de 80 países têm leis que proíbem o procedimento ou permitem que seja processado, de acordo

com um estudo do Banco Mundial, citado numa sessão de perguntas e respostas do Fundo de População das Nações Unidas publicada no início deste ano.

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