Segundo o chefe da aldeia de Oipembe, Alfeus Hinamunu, a praga durou apenas algumas horas e causou enormes prejuízos às culturas, com excepção da massambala,  principal alimento da população nas localidades arrasadas.  
 Alfeus Hinamunu admitiu que, nos próximos meses, "os habitantes das aldeias poderão confrontar-se com falta de alimentos”,  uma vez que as regiões afectadas foram atingidas, também, pela estiagem.

O  responsável do bairro Oipembe disse que os habitantes locais "utilizam vários truques”  para afastar os insectos, como  fumigação com queima de pneus, batimentos de chapas de zinco e tambores, mas " desta vez, estes truques não funcionaram ante a invasão de  gafanhotos”. 

A anciã Albertina Penomandje, da aldeia de Ofitu Wandulo, disse que é a primeira vez que a localidade regista a presença massiva de  insectos que em tão pouco tempo devastaram campos de cultivo. "As autoridades têm urgentemente de encontrar estratégias para combater a imigração de  gafanhotos de uma área para outra”, disse.  
O administrador do município do Ombadja, Hilario Sikalepo, disse que os gafanhotos abandonaram o país ao princípio da manhã de ontem, a partir da localidade de Omukwa Washindjala, no Marco 16, dirigindo-se para re-gião norte de Oshakati, República da Namíbia.  
Para Hilário Sikalepo, o facto de os gafanhotos terem imigrado para outro país "não significa que não regressem a qual-
quer momento.