O posto fronteiriço, segundo comprovou a agência Efe, reflecte a calma que tem vindo a manter nos últimos dias e do lado marroquino não se vêem pessoas à espera de entrar, pelo que se retiraram da linha de praia os veículos militares aí estacionados para conter os acessos ilegais.
Porém, na alfândega de Tarajal verifica-se a presença de militares que ajudaram a reforçar o dispositivo de controlo da Polícia Nacional e da Guarda Civil.

Entretanto, na manhã de ontem, a Polícia local acorreu com vários veículos à fronteira para devolver 24 imigrantes que se encontravam em  diferentes zonas da cidade, principalmente em bairros ilegais.
Estes imigrantes foram entregues directamente na fronteira, que abriu as portas para permitir as devoluções de pessoas que acederam à cidade nas avalanches de segunda e de terça-feira.


Este cenário de devolução era presenciado por outros  imigrantes marroquinos que se apresentaram voluntariamente na fronteira para regressarem ao país e que estavam à espera de Marrocos abrir as portas, às 10h00."Aqui não há nada, não temos comida, nem um tecto onde dormir”, lamentou-se à Efe Hassan Bouchra, natural da localidade de Rincón que entrou a nado juntamente com outros companheiros, dos quais não tem qualquer notícia.
Na praia onde chegaram os migrantes reinava, na manhã  de ontem, uma calma absoluta até no mar, onde não há sequer o incómodo vento nos últimos dias, que provocou uma perigosa ondulação para as tentativas de entrada a nado em Espanha.

Mau controlo das fronteiras
O ministro do Interior francês considera que Espanha e Itália enfrentam "uma imigração significativa que controlam mal”, pelo que, quando Paris assumir a presidência da UE, uma prioridade será "um verdadeiro controlo nas fronteiras externas”. Questionado - numa entrevista publicada ontem pelo "Le Parisien” e citada pela agência  Efe - sobre os migrantes que tentam chegar a Ceuta, Espanha, Gérald Darmanin disse ser uma situação comovente.
 "Os nossos amigos espanhóis ou italianos, que  estão mais próximos da costa do  Sul do Mar Mediterrâneo, enfrentam uma imigração significativa que controlam mal”.