Fragata de Morais avançou que o livro vai ser editado pela Mayamba Editora. O livro, explicou, conta com um total de dez contos que abordam as tradições, costumes e memórias do país.

O escritor disse que a obra será, igualmente, editada no Brasil, a pedido da "Filos Editora” e vai fazer uma edição do português para a língua nacional umbundo.

"Recebemos o convite da Editora brasileira e aceitamos o desafio. Sugeri que fosse escrito em kikongo, mas infelizmente, a instituição decidiu traduzir o livro na língua nacional umbundo, por ser a língua mais falada no país".

Fragata de Morais mostrou-se satisfeito pelo reconhecimento da Fundação Arte e Cultura. Ser homenageado em vida, disse, é algo sublime, porque a homenagem deve ser feita enquanto as pessoas estão em vida.

"Fiquei bastante emocionado ao ver as crianças a declamarem poemas dos meus livros. Isso mostra o árduo trabalho que a fundação tem desenvolvido ao longo dos tempos. Acredito que estes meninos vão ser seguramente futuros escritores".

Por sua vez, o secretário - geral da União dos Escritores Angolanos (UEA), David Capelenguela disse, em declarações ao Jornal de Angola, que a Fundação Arte e Cultura tem estado a desempenhar um trabalho de grande valor, por reconhecerem o trabalho dos escritores da praça nacional.

As pessoas a serem homenageadas, explicou, devem ser personalidades que têm um engajamento e dedicação com todo o saber em prol da literatura. "O nome de Fragata de Morais no nosso mosaico literário dispensa apresentações, por ser um contribuinte activo e um dos grandes ganhos na literatura nacional".

David Capelenguela ressaltou que quando um escritor é homenageado, é um ganho para as letras, porque mostra o reconhecimento do trabalho produzido durante a caminhada como artista. "Fragata de Morais é um escritor empenhado e versátil, porque trabalha com bastante profundidade na elaboração dos textos, sobretudo a prosa. Nos seus escritos, o escritor sempre traz a realidade social do nosso país".