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Forças moçambicanas concluem formação

Os Estados Unidos anunciaram, ontem, a conclusão da primeira parte do programa de formação de fuzileiros moçambicanos, ministrada por militares norte-americanos, no âmbito do apoio às forças moçambicanas que combatem grupos armados em Cabo Delgado.

08/05/2021  Última atualização 07H55
Especialista norte-americano dando aulas teóricas à tropa © Fotografia por: DR
 "Tendo testemunhado as impressionantes habilidades do campo de batalha durante uma demonstração nas instalações de treino, fiquei orgulhoso do trabalho que os nossos compatriotas conseguiram realizar juntos”, disse Dennis Hearne, embaixador dos Estados Unidos em Moçambique, citado pela Lusa.

O programa de formação foi ministrado pelas Forças de Operações Especiais dos EUA e teve um período de dois meses, tendo como um dos principais objectivos o reforço das capacidades das forças moçambicanas no combate aos extremistas que protagonizam ataques em Cabo Delgado.

Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.500 mortes e 714 mil deslocados, de acordo com o Governo moçambicano. O mais recente ataque ocorreu a 24 de Março contra a vila de Palma, provocando dezenas de mortos e feridos, num balanço ainda em curso.

As autoridades moçambicanas recuperaram o controlo da vila, mas o ataque levou a petrolífera Total a abandonar por tempo indeterminado o recinto do projecto de gás com início de produção previsto para 2024 e no qual estão ancoradas muitas das expectativas de crescimento económico de Moçambique na próxima década.Enquanto isso, as potências do G7 mostraram-se ontem preocupadas com o crescente conflito na província moçambicana de Cabo Delgado, tendo apelado a Moçambique para "continuar a trabalhar com a comunidade internacional” para resolver o "impacto humanitário dos rebeldes”. O ataque à vila de Palma causou mais de 40 mil deslocados, dos quais 43 por cento são crianças.

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