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Forças especiais americanas matam responsável do Daesh

As forças de operações especiais dos Estados Unidos mataram o alto responsável do grupo Daesh e outros dez terroristas no norte da Somália, revelaram esta sexta-feira fontes do governo à agência Associated Press (AP). A operação teve como alvo Bilal al-Sudani, um importante facilitador financeiro para a organização terrorista em todo o mundo e decorreu num complexo de cavernas montanhosas.

28/01/2023  Última atualização 08H25
© Fotografia por: DR
O Presidente norte-americano, Joe Biden, foi informado na semana passada sobre a proposta para a missão, que surgiu após meses de planeamento. Biden deu a sua aprovação final para a realização desta operação esta semana, de acordo com dois funcionários da sua administração que informaram os jornalistas sob a condição de anonimato. Al-Sudani, que estava no radar das autoridades de inteligência dos EUA há anos, desempenhou um papel fundamental ajudando a financiar as operações do Daesh em África, bem como o braço terrorista ISIS-K que opera no Afeganistão, acrescentaram as mesmas fontes. Este terrorista tinha sido originalmente assinalado pelo Departamento do Tesouro, em 2012, pelo seu papel no Al-Shabab, outra organização terrorista que opera na Somália.

"Dada a localização remota da operação, a avaliação é de que nenhum civil foi ferido ou morto. A proteção de civis continua a ser uma parte vital das operações do comando para promover maior segurança para todos os africanos”, destacou, por sua vez, Comando Militar Norte-Americano para África (AFRICOM), em comunicado. Um norte-americano envolvido na operação foi mordido por um cão militar, mas não ficou gravemente ferido, segundo fonte do governo. As autoridades norte-americanas forneceram poucos detalhes sobre como a operação foi realizada ou as circunstâncias que envolveram a morte de Al-Sudani. Um oficial destacou que as forças dos EUA pretendiam capturar Al-Sudani, mas que essa opção não se mostrou "viável” quando a operação foi realizada.

A operação ocorre dias depois do AFRICOM ter anunciado que conduziu um ataque coletivo de autodefesa a nordeste de Mogadíscio, a capital, perto de Galcad. Nessa ação, as forças do Exército Nacional da Somália estavam envolvidas em combates intensos, após um ataque prolongado e intenso de mais de 100 combatentes do Al-Shabab. Os EUA estimaram que aproximadamente 30 combatentes do Al-Shabab foram mortos nessa operação. A ofensiva das forças somalis contra o Al-Shabab foi descrita como a mais significativa em mais de uma década.

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