Economia

FMI prevê emprestar mil milhões de dólares para o Quénia

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê conceder um empréstimo de mil milhões de dólares para o Quénia, para ajudar a enfrentar as dificuldades económicas e de liquidez.

31/05/2023  Última atualização 09H21
FMI prevê emprestar mil milhões de dólares para o Quénia © Fotografia por: DR

A economia do país da África Oriental está sobrecarregada por uma dívida de 70 mil milhões de dólares e uma forte desvalorização de sua moeda, o xelim, em relação ao dólar.

Na tentativa de reduzir a dívida, o Governo do presidente William Ruto preparou um orçamento incluindo muitos novos impostos que devem arrecadar 289 mil milhões de xelins (2 mil milhões de dólares) para complementar o orçamento de 3,6 triliões de xelins (24 mil milhões) planeado para 2023 -2024.

Este acordo ainda precisa de ser validado pelo conselho executivo do FMI, que se reúne em Julho. Se for aprovado, o Quénia vai ter acesso imediato a 410 milhões.

Em comunicado divulgado, a instituição financeira disse que seu compromisso com o Quénia aumentaria para um total de 3,52 mil milhões de dólares.

 

Alta inflação

O Quénia, a potência económica da África Oriental com uma população de cerca de 53 milhões, enfrenta alta inflação (+7,9 por cento) e uma seca histórica.

O crescimento estagnou em 4,8 por cento em 2022, longe dos 7,6 por cento alcançados em 2021.

"O orçamento do governo está sob pressão devido a défice na arrecadação de receitas e difíceis condições de financiamento", disse o FMI.

A instituição financeira exortou ainda as autoridades quenianas a reformarem as empresas públicas, referindo, em particular, o fornecedor nacional de electricidade Kenya Power e a companhia aérea Kenya Airways, que registaram perdas recordes em 2022.

O Governo do presidente William Ruto, eleito em Agosto de 2022, pretende reduzir o défice com a introdução de novos impostos, principalmente sobre cosméticos, combustíveis e jogos de azar.

Enquanto o FMI acredita que as perspectivas de médio prazo para o Quénia são favoráveis, a instituição financeira enfatiza que "desafios significativos permanecem no contexto de crescimento económico global mais lento e condições financeiras difíceis".

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