O Fundo Monetário Internacional (FMI) destaca avanços nas Contas Públicas angolanas com ajustamentos feitos no mercado cambial e combate à inflação, afirmou ontem, em Luanda, o director executivo do Conselho da Administração que representa a organização em Angola, Willy Nakuniada.
Em declarações à imprensa, depois do encontro com a ministra das Finanças, Vera Daves, no quadro das consultas do artigo VI dos estatutos do FMI de acompanhamento Pós Financiamento, o responsável disse que apesar do Fundo reconhecer os progressos realizados pelo país para superar os problemas e os esforços para reactivar a economia, a visita do FMI tem como foco principal, colher informações para aferir se as discussões estão alinhadas com os objectivos pretendidos e buscar alternativas a serem exploradas para a agenda da diversificação económica.
"De momento as autoridades estão satisfeitas com os resultados das reformas estruturais. Precisamos primeiro recolher as informações necessárias para no final da visita podermos ser capazes de dar o nosso parecer e possíveis recomendações, caso seja necessário", disse o responsável.
Inflação mais baixa
Por sua vez, a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, ressaltou que com esta visita de "vigilância e apoio técnico" do FMI, o Executivo angolano procura buscar soluções alternativas para acelerar algumas reformas e baixar ainda mais a taxa de inflação.
Vera Daves informou ainda que o Estado vai partilhar os desenvolvimentos mais recentes e as suas perspectivas com o FMI, ajudarem-nos a pensar como podemos acelerar algumas das reformas, para gerar mais emprego e que "esforços possam ter efeitos no dia-a-dia das pessoas e das famílias".
"Não é um programa financiado. É simplesmente uma missão de acompanhamento que ocorre de seis em seis meses e permite ter conselhos, assistência técnica em diversos aspectos considerados relevantes com vista a defendermos o que conseguimos de bom no programa que tivemos com o FMI e no sentido de ajudarem-nos a pensar como podemos acelerar algumas das reformas”, frisou.
Questionada sobre possíveis financiamentos, no futuro, a governante disse que, a partida, não foi identificada a necessidade de financiamento, mas, actualmente o Executivo está trabalhar com outras instituições financeiras multilaterais, para na lógica de financiamentos a projectos e apoio orçamental, como o Banco Mundial e Agência Francesa de Desenvolvimento e o Banco Africano de Desenvolvimento.
Quanto à possibilidade de remoção dos subsídios aos combustíveis, Vera Daves informou que as discussões técnicas continuam com o FMI e com o Banco Mundial, mas até ao momento ainda não chegaram a consenso.
Realçou que a preocupação se mantém relativamente ao potencial impacto social dessa remoção, "o que estamos a fazer com essas duas instituições financeiras é a analisar as possíveis medidas de mitigação, que poderiam ser implementadas, caso decidíssemos avançar”.
A Missão Conjunta do Fundo Monetário Internacional (FMI) decorre de 28 de Novembro a 15 de Dezembro, no âmbito da jornada de monitoramento do Programa Pos-Financiamento sobre a vigilância regular enquadrada no artigo IV do acordo Constitutivo do Fundo.
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