Economia

FMI aprova empréstimo de 3 mil milhões de dólares

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou um empréstimo de três mil milhões de dólares para o Ghana, país da África Ocidental em meio a uma grave crise económica, com o primeiro desembolso imediato de cerca de 600 milhões de dólares.

24/05/2023  Última atualização 07H15
Directora-geral do Fundo Monetário, Kristalina Georgieva © Fotografia por: DR
O programa é distribuído por 36 meses no âmbito do Extended Fund Facility.

O objectivo é "restaurar a estabilidade macroeconómica e a sustentabilidade da dívida, bem como implementar reformas abrangentes para criar resiliência e estabelecer as bases para um crescimento mais forte e inclusivo”, comentou a directora-geral do Fundo, Kristalina Georgieva.

Citada em comunicado do FMI, a gestora disse que "a consolidação fiscal é um elemento central do programa", assim como "preservar a estabilidade do sector financeiro".

Além disso, "as políticas monetária e cambial do programa se concentrarão no controlo da inflação e na recomposição das reservas cambiais".

Por fim, "um ambicioso programa de reformas estruturais está sendo implantado para revitalizar o crescimento liderado pelo sector privado, melhorando o ambiente de negócios, a governança e a produtividade", acrescentou Kristalina Georgieva.

 

Garantias suficientes

O FMI anunciou que o Ghana deu garantias suficientes para beneficiar de um plano de ajuda, saudando a recente promessa dos seus países credores, liderados pela França e China, de abrir negociações para uma reestruturação da sua dívida.

Debilitado pelas repercussões da guerra na Ucrânia, o Ghana decidiu recorrer ao FMI e em Dezembro chegou a um pré-acordo com a instituição para obter 3 mil milhões de dólares em empréstimos distribuídos por três anos e condicionados à implementação de reformas económicas.

Grande produtor de cacau e ouro, o Ghana também tem reservas de gás e petróleo, mas o peso da sua dívida explodiu, à semelhança de outros países da África subsariana, sob o impacto da pandemia de Covid-19 e do conflito ucraniano.

Esta crise, a pior em décadas, forçou o presidente Nana Akufo-Addo a reverter suas posições anteriores, voltando-se para o FMI para afastar o espectro do calote levantado por alguns economistas.

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