Política

Financiamento das economias africanas reúne Angola e França

A ministra das Finanças, Vera Daves, e o embaixador de França em Angola, Daniel Vosgien, acertaram, na terça-feira, em Luanda, os detalhes do fórum de alto nível que vai discutir, em Junho deste ano, em França, “o financiamento das economias africanas”.

28/01/2021  Última atualização 11H00
© Fotografia por: DR
Vera Daves e Daniel Vosgien avaliaram, com técnicos das Finanças e trabalhadores da missão diplomática francesa, parte dos documentos em preparação, desde o início de 2020, pelos grupos técnicos. Por esta razão, a França equaciona uma forma de intervenção e cooperação no continente.
Previsto para decorrer de 16 a 18 de Junho, o fórum surge num contexto de uma nova política externa francesa de desenvolvimento para África, que pretende "promover sinergias entre os agentes do sector de petróleos e das energias renováveis, para criar uma narrativa que equilibre as necessidades de desenvolvimento em África, os objectivos climatéricos e o crescimento económico”.O encontro entre a ministra Vera Daves e o embaixador Daniel Vosgien serviu, também, para as partes revisitarem os temas da cooperação no domínio financeiro entre os dois países.
Perdão da dívida
Os países africanos já beneficiaram de um perdão de dívida nos anos de 1990, quando uma iniciativa conjunta do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial para os Países Pobres Altamente Endividados reduziu significativamente o montante em débito.Entretanto, entre 2006 e 2019, a dívida aos credores externos passou de 100 mil milhões para 309 mil milhões de dólares, o que, com a crise do novo coronavírus, atirou boa parte da região para uma recessão económica que torna muito mais difícil o cumprimento das obrigações financeiras.

De acordo com várias estimativas de organizações financeiras internacionais, o défice de financiamento da África subsaariana pode chegar a quase 300 mil milhões de dólares, até 2023.Uma das iniciativas para tentar ajudar os países mais endividados a lidarem com as consequências económicas da quebra das receitas e do aumento das despesas em contexto de pandemia foi a Iniciativa para a Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI), que, até Novembro, tinha ‘poupado’ cerca de 5 mil milhões de dólares (4,1 mil milhões de euros) aos países em dificuldades.

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