Cultura

Filme “A Pressa” abre Festival Internacional de Curtas-metragens

Francisco Pedro

Jornalista

A curta-metragem “A Pressa”, de Ngouabi Silva, abre hoje, às 17h30, a quarta edição do Festival Internacional de Curtas-metragens (Fesc-Kianda), no auditório do Centro Cultural Brasil-Angola, em Luanda.

20/01/2023  Última atualização 07H25
© Fotografia por: DR
"A Pressa” narra a relação profissional do patrão de uma empresa, o Big Boss, papel interpretado por Signey Profeta, que muito atarefado solicita com arrogância a presença do seu subordinado, Filipe, no seu gabinete, e com palavrões, abusa de uma expressão popular que o empregado compreende literalmente o que resulta em consequências inesperadas.

De acordo com o director do Festival "Fesc-kianda”, Vânio Luís de Almeida, a estreia do filme "A Pressa” é uma das novidades desta edição do Fesc-Kianda, cuja cerimónia de abertura vai homenagear o cineasta Asdrúbal Rebelo.

O filme "A Pressa” foi gravado especificamente para fazer a abertura do festival. Além dessa novidade, o director ressaltou as oficinas, palestras, os debates, e venda e sessão de autógrafos de um livro que fala da história da cidade de Luanda.

Em concurso, o festival traz filmes do Brasil, de Cabo Verde, Moçambique, da Guiné-Bissau e Guiné Equatorial, alèm de filmes nacionais.

As entradas são livres, embora as cerimónias de abertura e encerramento estão restritas a convite, havendo um momento cultural, reservado para a abertura do festival.

O Fesc-Kianda encerra dia 27, e vão ser distinguidas 25 categorias, mais dez comparando com as edições anteriores, em que eram premiadas 15 categorias. Neste ano, foram introduzidas as categorias de trilha sonora, melhor produtor e figurino, entre outras.

Nas edições anteriores, premiavam os melhores actores, roteiros, realizadores e produtores.

Oficinas e palestras

Técnicos de diferentes áreas do Cinema vão frequentar uma oficina de artes cénicas, a ser orientada pela realizadora brasileira Ana Cavazzana, formada em Teatro, Televisão e Cinema.

O objectivo é aprimorar os conhecimentos na arte da representação quer em Cinema e Televisão, quer em Teatro.

O público interessado pode assistir aos filmes a partir de amanhã, aproveitando a oportunidade para interagir com os actores, colher mais informações sobre a realização de filmes no país.


"A Pressa”

Ngouabi Silva é um dos mais promissores realizadores angolanos da quarta geração, cuja carreira tem sido marcada pela produção de curtas-metragens no panorama do Cinema angolano.

Ngouabi Silva é o mais visionário, entre a geração mais nova, ao decidir impor-se quer no mercado nacional quer no internacional, apostando em filmes de curta duração, desde "A Testemunha”, que, em 2020, arrebatou o Prémio de Melhor Actriz, com Isalina Gonçalves, na sétima edição do Festival Internacional "O Cubo de Cinema em Língua Portuguesa”, Brasil, seguindo-se os filmes "Plano do Rei”, "Message in a Bottle”, "O Barbeiro”, "Realidade Reflexa”, e "Chamas”, ambas em fase de pré-produção.

Agora, brinda-nos com "A Pressa”, com três minutos de duração, filme gravado em 24 horas.  A realização de Ngouabi Silva, teve como assistente de realização  Vânio de Almeida.

O elenco é constituído pelos actores Sidney Profeta, Artur Pop, e os figurantes Marta Cabral, Mauro Kijamba e Wilson Gonçalves.

A produção executiva foi assumida por  Arnaldo Silva, Ivo Moura, Júlio Matias, Rui Ribas, Edson Silva, Ngoubi Silva e Leonel Pereira, que também assumiu o papel de director de Produção.

Ao de director de fotografia coube a Santo Kimbalambi,”Kimba”,  director de Arte e Maquiagem de Osvaldo Muquixi.

Foram assistentes de produção João Dilo e Manuel Nicolau, enquanto que a iluminação esteve a cargo de Mavangu Metu  Kiluz, e como assistentes Samuel Jaime e Afonso André.

As filmagens foram asseguradas pelo operador de câmara José Correia, o operador de som, Nelson Simão, sonoplastia de Bumbo Negro, cartering de Letícia Silva, edição de Timóteo Pumu e a coloração e finalização de Augusto Chipende.

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