Na FIB, Balombo, Baía Farta, Benguela, Bocoio, Lobito, Catumbela, Cubal, Chongoroi, Caimbambo e Ganda são representados pelas administrações municipais e por produtores dos sectores Agropecuário, Indústria Pesqueira e Recursos Minerais, para apenas falar de três.

Segundo apurou a nossa reportagem, os municípios do Caimbambo e Cubal levaram à feira importantes amostras das produções em que são abundantes, nomeadamente  milho, feijão, batata-doce e hortaliças, enquanto a Ganda faz jus àquilo por que é conhecida, uma crescente produção de café.

A Baía Farta e Chongoroi levaram para a exposição uma oferta assinalável de gado, o que inclui bovinos, caprinos e ovinos, além de amostras da produção de leite e derivados. Ao lado do Lobito, a Baía Farta, com uma extensa costa marítima, também se destaca pela pesca artesanal e industrial.

Os municípios do Lobito e Benguela sobressaem, na 13ª FIB, por serem destinos turísticos populares devido às suas praias, tendo levado para a exposição propostas de investimento em infra-estruturas e serviços, gerando uma oferta que pode servir o Cubal e Ganda, onde estão implantados locais de interesse histórico, ecológico e cultural.

 A indústria e logística

De acordo com o administrador do Lobito, Calopa Mário, a proposta de participação levada à presente edição da FIB é a de apresentar o município como um centro logístico vital, devido ao Porto do Lobito, que é um dos maiores e mais importantes portos de Angola.

O município também está ligado ao Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), facilitando o transporte de mercadorias e o comércio entre o interior do país e a costa.

A administradora de Benguela, Paula Mariza, disse que a participação no certame realça a região como um parque industrial em expansão, com diversas unidades industriais "e outras realidades: o potencial está a ser mostrado”, disse.

Já os administradores municipais do Chongoroi e Cubal, Ernesto Pinto e Paulino Banja, destacaram que as duas regiões possuem potencial para projectos de energias renováveis, como a energia solar e eólica, devido às condições climáticas favoráveis. Investimentos nesse sector podem contribuir para a sustentabilidade energética da região.

A província de Benguela, de acordo com as opiniões dos administradores, está a ganhar com a introdução de iniciativas voltadas para as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e a Feira Internacional de Benguela tem promovido este sector como uma área chave para o desenvolvimento.

O bispo da Diocese de Benguela, Dom António Jaka, destacou a importância da Feira Internacional de Benguela, que congrega no mesmo espaço centenas de expositores.

De acordo com o prelado, Benguela é conhecida pelas suas potencialidades, que podem ser exploradas e desenvolvidas com investimentos adequados, políticas de incentivo e infra-estruturas de suporte.

A FIB 2024 arrancou na quarta-feira, no Estádio Nacional de Ombaka, em Benguela, com a participação de 393 expositores (mais 15 por cento que no ano passado), representando o desporto e cultura, comércio e distribuição, comunicação e marketing, construção civil, educação e formação, energia e águas, indústria e ambiente, mobiliário, bem como indústria extractiva e transformadora de todo o país.