Cultura

Festival músico-cultural marca celebrações do 40º aniversário

Os 40 anos de cooperação entre Angola e a China foram marcados, sábado, no centro comercial Kilamba Shopping, com uma feira e festival músico-cultural, num ambiente que visou reunir angolanos e chineses, estando em evidência músicas, danças, artes, línguas, gastronomias e vestimentas típicas dos dois países.

16/01/2023  Última atualização 10H44
Festival juntou culturas dos dois países no Kilamba Shopping © Fotografia por: Alberto Pedro | edições novembro

A actividade foi promovida para festejar mais um aniversário das Relações Diplomáticas entre a República de Angola e a República Popular da China, que mantêm uma conexão histórica desde 1983.

A actividade reuniu ambas culturas no mesmo espaço e proporcionou um intercâmbio nunca antes visto nas relações entre os dois Estados.

O cenário foi criado para acolher, tanto angolanos como chineses, uma vez que, os letreiros eram apresentados em português, e traduzidos para o mandarim, e vice-versa.

A decoração trazia um pouco de cada cultura, por um lado os trajes e figuras que representam o povo angolano e imagens do Dragão chinês e outras artes gráficas que caracterizam aquela nação. Além disso, a apresentação do espectáculo foi feita na língua de cada país de forma intercalada.

O palco foi prestigiado, primeiro, com a actuação de dois angolanos, mascarados de Dragão, que dançaram ao som de tambores e pratos, um estilo famoso do Sul da China, designado Dança do Dragão.

O festival prosseguiu com um desfile de moda de cada região, com a participação de jovens chineses e angolanos, estes últimos representados pela agência nacional de modelos Tussole Model.  Outra actracção foi a actuação do Coro Misto, pelo Instituto Confúcio, que agregou em harmonia, elementos de ambas nações que abrilhantaram em mandarim a canção que traduzida para o português designa-se "Música da Família”.

Pelo palco passaram outros artistas que declamaram poemas (angolanos), apresentaram uma peça de teatro (angolano), artes marciais Kong fu (angolanos e chineses), tocaram saxofone (chineses) e a flauta (angolanos), entre outras apresentações.

Os angolanos expuseram pouca comida, mas mostraram o pontencial da agricultura com o mel, batata-doce, banana pão, ginguba, trajes tradicionais, artigos artesanais, como a Galinha angolana, Palanca Negra Gigante, Elefante, entre outros produtos muito adquiridos pelos chineses.

O expositor Pedro Mufuta, que levou peças artesanais como o colar feito com a missanga, considerou o evento mais uma oportunidade para apresentar a cultura angolana a outras partes do mundo.

"Estamos aqui perante duas realidades muito diferentes e é tão bom ver, mesmo assim, a harmonia entre os dois povos, o angolano provando o do chinês e vice-versa” disse.

Pedro Mufuta afirmou, ainda, que apesar do empreendedorismo cultural não estar muito expandido em Angola, viu nesta oportunidade mais um meio "para divulgar o que é nosso, e os chineses estão a comprar várias coisas, e isso é muito bom. Eles gostam, questionam sobre o que levam, sem muitos constrangimentos” disse, tendo lamentado a pouca adesão do público angolano nos serviços artesanais locais. "Apelo a população, maior valorização daquilo que é interno”.

A actividade contou com a presença do Secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, Domingos Custódio, e o Embaixador da República Popular da China em Angola, Gong Tao.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Cultura