O Cine São Paulo, em Luanda, acolhe, de 15 de Junho a 28 de Julho, o Festival Multidisciplinar, sob o lema "O Futuro já Era", com uma variedade de exposições de arte, como teatro, cinema, música, humor e diversas acções culturais.
A Embaixada de Angola na Confederação Suíça promoveu, sábado, na Escola Internacional de Berna, uma exposição que retrata vários aspectos da cultura nacional, no quadro das celebrações do Dia Internacional da referida instituição académica.
O palco do Elinga Teatro é cenário, a partir de hoje até ao próximo dia 31, da sexta edição do festival, que celebra as artes cénicas e partilha de experiências com grupos da diáspora
O emblemático grupo Elinga Teatro celebra, hoje, 36 anos de existência com a concretização da 6ª edição do Festival Internacional de Teatro e Artes de Luanda, a ser acolhido na sua sede, na Baixa da Cidade. Grupos de Angola, Brasil, Portugal e Guiné Bissau cumprem a agenda de espectáculos deste festival que tem trazido a Luanda grandes figuras do teatro lusófono, num ambiente de intercâmbio cultural e de formação na área das Artes Cénicas.
Segundo o programa, a instalação da artista angolana Ana Sanches e a inauguração da exposição fotográfica "Viver Angola”, do artista Rodrigo Subtil, ambas a partir das 17h, marcam o dia da abertura do festival, que culminará, às 20h, com a exibição da peça "A Panela de Koka Mbala”, do Grupo Experimental Teatro, um dos pioneiros da arte cénica em Angola no período pós-independência. A peça foi escrita pelo dramaturgo congolês Guy Menga e reflecte as vivências do reino de "Koka-Mbala”, liderado pelo rei Binstamou. Amanhã, às 20h, está prevista a exibição do grupo Aurora Negra, oriundo de Portugal. Na quinta-feira, igualmente às 20h, será exibida a peça "Má Informação Congénita”, do grupo angolano Desejados da Kianda. Por sua vez, na sexta-feira, às 17h, abre o ciclo de formação com a mesa-redonda sobre teatro contemporâneo e tradição. No mesmo dia, às 20h, a actriz brasileira Lorenna Mesquita exibe o monólogo "Forbela Espanca: Entre Dores e Amores”, adaptação da sua obra "Endiabrada Bela”, no qual o espectáculo é baseado e cuja segunda edição será apresentada ao público luandense nesta mesma noite.
Depois da realização de uma oficina no período da manhã, o teatro infantil terá lugar no dia 25, às 16h, com a exibição da peça "Zezinha no Circo”, do grupo português Teatro da Garagem. Às 20h, o mesmo grupo volta ao palco para exibir o monólogo "Segundo Acto”, de Carlos Pessoa. A agenda continua no dia 26 com duas oficinas e a exibição da peça "Mayombe”, levada à cena pelo grupo angolano Enigma Teatro. A festa continua no dia 27 com a exibição grupo angolano Vozes d´África, detentor do Prémio Nacional de Cultura e Artes na disciplina de Teatro. No dia 28 de Maio, às 20h, o actor da Guiné-Bissau, Ângelo Torres, leva à cena no palco do Elinga a peça "Amílcar Geração”. A internacionalização desta festa continua com a exibição, no dia 29, às 20h, da peça "Os Javalis”, do grupo brasileiro Teatro Nú. O Elinga Teatro, o grupo anfitrião, exibe, no dia 30, às 20h, a peça "Navita, a Filha Amaldiçoada”. O festival encerra no dia 31 com a exibição de duas peças de grupos angolanos, sendo uma delas o monólogo "Sou Feio”, de Beto Cassua.
Vale recordar que a edição passada, realizada de 20 a 28 de Maio, rendeu homenagem ao actor Virgílio António, reflectindo o seu reconhecimento nas artes cénicas, pela qual se dedica inteiramente desde 1994, quando chega ao Elinga Teatro, através de uma oficina dirigida pelo eminente director angolano Rogério de Carvalho.
A história do nascimento do Elinga
Contou José Mena Abrantes que decorria o ano de 1987 e, acidentalmente, enquanto deambulava numa das artérias de Luanda, cruza com o romancista Artur Pestana "Pepetela”. O escritor partilha a José Mena Abrantes "Mena” que tinha sido convidado a lançar uma das suas obras em Itália e que a editora tinha proposto que levasse também a mesma obra já encenada. Pepetela levava Mena em grande consideração, muito pelo desempenho obtido no grupo de teatro da Faculdade de Medicina. Entusiasmado, não titubeou em convidar Mena a montar um espectáculo para ser levado a Roma. "Eu acho que tu tens condições para montar a minha peça. Vê se no próximo ano consegues monta-la para irmos juntos”, foi nestes termos que o dramaturgo viu-se persuadido pelo romancista.
Um ano depois, exactamente em Abril de 1988, o acaso volta a fazer das suas e Mena reencontra Pepetela, que imediatamente mostrou-se preocupado em saber como decorriam os ensaios da peça. Sem saber bem do assunto e só para não discordar do escritor, ardilosamente o dramaturgo respondeu: "Sim, está a andar”, quando ainda nem o grupo de actores tinha sido reorganizado. Um mês depois, na azáfama de ir à Europa, o Elinga nasce a 21 de Maio. Da fase embrionária do Elinga, ainda com ligação ao extinto Xilenga, apontou os nomes de Orlando Sérgio, Nani Pereira e Pulquéria Van-Dúnem como os únicos sobreviventes. A obra que incita o nascimento deste grupo de teatro é "Revolta da Casa dos Ídolos”, de Pepetela, estreada nas cidades de Messina, Roma, Nápoles e Torinto, isto em Maio de 1988.
Actualmente
sob direcção de Anacleta Pereira "Nani”, o nome do grupo Elinga deriva da
língua nacional umbundu e significa acção, iniciativa, exercício. O Elinga
Teatro foi criado em 1988, sendo o sucessor de uma série de grupos de teatro
que partilharam entre si o mesmo director artístico e uma parte considerável do
corpo de actores, respectivamente o grupo Tchinganje (1975/76), o Xilenga-
Teatro (1977/80) e o Grupo de Teatro da Faculdade de Medicina de Luanda
(1984/1987).
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