Os traços histórico-culturais de Angola desde as ancestralidades civilizacionais, às lutas pela conquista da independência, à paz e aos elementos caracterizadores dos novos tempos de desenvolvimento do país vão ganhar, doravante, maior impulso e representatividade no Museu das Civilizações Negras, em Dakar, Senegal.
A primeira edição do Festival de Música Clássica, designado “Ngola Symphony”, decorre desde quarta-feira e até domingo, no Palácio de Ferro Centro Cultural, em Luanda, e junta vários conjuntos nacionais da música erudita.
Em representação da organização, o professor de música Emanuel Mendes, na abertura do festival, disse que o evento surgiu da necessidade de se contribuir para o desenvolvimento e dinamização da música sinfónica, de forma a evidenciar o crescimento deste género musical no país.
"Neste dia, começamos esta jornada e esperamos que seja duradoura. Agradecemos ao Mário Vigário pela iniciativa, pois Angola já precisava de um festival deste género”, disse.
Emanuel Mendes explicou que um dos grandes objectivos do festival é a congregação de vários grupos musicais. Além disso, disse, ajudar no desenvolvimento desses conjuntos e, também, do próprio público, quanto a apreciação que fazem das actuações. "Com este festival queremos tocar o coração de todos os angolanos e ainda chegar a um patamar internacional”, frisou.
No primeiro dia de actividade, o festival contou com quatro atracções. A primeira foi a da Banda da Força Área Nacional, seguindo-se da Orquestra Pescadores de Cacuaco da interpretação da dupla Emanuel Mendes, no papel de Agostinho Neto, e Melvi Lumbungululu, no de Maria Eugénia Neto, tendo sido acompanhados pela Banda da Força Aérea Nacional e dirigidos pelo maestro Beto Pederneira. A última actuação foi do artista internacional Sahib Pashazade.
À saída da actuação, Kahumba Mawessi, coordenador da Orquestra Pescadores de Cacuaco, disse estar feliz pela iniciativa que vai valorizar a música clássica, que ainda não tem o reconhecimento que deveria em Angola. "Esse festival poderá abrir portas para nós e esperamos que seja a primeira edição de muitas”.
O coordenador disse que manter a orquestra no seu alto nível no município de Cacuaco é difícil, por causa da pouca adesão dos munícipes, tendo afirmado que ainda assim têm persistido e acredita que dentro em breve poderão conquistar um público considerável naquela localidade.
"Somos uma orquestra que até o momento vive de doações, somos uma organização filantrópica, que visa acolher jovens de forma a ajudar que se desviem do mundo do crime”, explicou.
O programa do festival inclui, também, palestras sobre direcção, regência e performance orquestral, bem como um laboratório sinfónico com arranjo e montagem de obras sinfónicas.
O festival "Ngola Symphony” reserva, igualmente, uma feira para a exposição de diversos produtos, a par de oficinas criativas, com alta performance em canto lírico e aula magna de sonoridades angolanas no contexto orquestral.
No primeiro dia de actividades, o festival contou com uma Oficina Cultural e Criativa, dirigida pelo professor Emanuel Mendes, com um Fórum de Arte Sinfónica e com as actuações da Glory Band e da Orquestra Filantrópica.
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