Cultura

“Fesc-Kianda” 2021 supera expectativas

A segunda edição do Festival Internacional de Curtas Metragens da Kianda (Fesc-Kianda), realizada de 21 a 26 de Janeiro, no Centro Cultural Brasil-Angola, superou as expectativas da organização, afirmou ontem ao Jornal de Angola, o director-geral.

03/02/2021  Última atualização 19H15
Eliane Silva exibe o troféu de “Melhor Actriz” pela interpretação em “Preciosa de Ariel Casimiro” © Fotografia por: DR
Vânio Luís de Almeida justificou o êxito da segunda edição do Fesc-Kianda pelo facto de a programação inicial prever a exibição de 24 filmes, mas acabaram por ser  apresentados 31 filmes, todos eles de realizadores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). "Para além de Angola, tivemos a participação do Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal”.

O festival, que visou celebrar o 445º aniversário da fundação da cidade de Luanda, prestou homenagem à cineasta Maria João Ganga, realizadora do filme "Na Cidade Vazia” e atribuiu no encerramento 13 distinções. Foram distinguidos os filmes "Vivências”, de Ernesto Castelo, como "Melhor Documentário”, e "Sondagem”, de Dércio Tomás Ferreira como "Melhor Sonorização”.

O angolano Miguel Hurst, pela interpretação no filme "Fences de Ariel Casimiro”, ficou com o troféu de "Melhor Actor”, enquanto a também angolana Eliane Silva ficou com o troféu de "Melhor Actriz”, pela interpretação em "Preciosa de Ariel Casimiro”.

Como "Melhor Figurino” foi distinguido o brasileiro Katu e "Melhor Maquilhagem” a Make Up, de André Manuel.Para "Melhor Trilha  Sonora”, com "Encantos”, recebeu o troféu o angolano Dércio Tomás Ferreira, e o de "Melhor Roteiro Original” foi para "Bup” do Brasil.

O brasileiro Lúcio César Fernandes, com o filme "Faixa de Gaza”, recebeu o prémio de "Melhor Realizador”, e o troféu de "Melhor Filme Nacional” foi atribuído ao "Porquê?”, de Nuno Barreto. O prémio  "Melhor Filme  do Festival” foi atribuído a "Faixa de Gaza”, do brasileiro Lúcio César Fernandes.

"Homenageamos a cineasta Maria João Ganga que realizou o filme ‘Na Cidade Vazia’ em 2004, um longa-metragem que teve participações internacionais gigantescas, por isso a nossa  homenagem a esta grande figura que é também directora da Casa das Artes”, justificou o director-geral do festival.

Durante os seis dias de actividades, disse, foram realizadas palestras, debates e seminários que tiveram a participação de palestrantes de Portugal, Brasil e Estados Unidos, via skype, graças ao apoio da Angola-Telecom e do Jornal Cultural "online”, que permitiram que os amantes da sétima arte conseguissem assistir via online aos filmes exibidos no Centro Cultural Brasil-Angola.

Segundo o director-geral do festival, apesar das restrições devido à pandemia da Covid-19, o Fesc-Kianda registou uma assistência considerável tendo em conta o número de visualizações dos filmes nas plataformas digitais disponíveis, mas lamentou o facto de o público não ter acesso directo ao espaço.

"Nós esperamos ter uma próxima edição melhor e com maior participação de parceiros. Agora tivemos um patrocinador oficial, a Fundação Brilhante, o apoio do Governo Provincial de Luanda e da Comissão Administrativa da Cidade de Luanda. Nas próximas oportunidades, nós queremos ter coisas melhores e mais acentuadas para que possamos trazer à tona resultados plausíveis e melhores produções”.

O Fesc-Kianda é o primeiro festival internacional de cinema que premeia as curtas-metragens produzidas de Janeiro a Novembro de cada ano, realizado anualmente no âmbito das festividades da cidade de Luanda.

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