Cultura

Feitos da “Banda Movimento” são reconhecidos pelos artistas

Armindo Canda

Jornalista

O presidente da União Nacional dos Artistas e Compositor - Sociedade de Autores (UNAC-SA) reconheceu, em Luanda, o excelente trabalho desenvolvido ao longo dos anos pela Banda Movimento, na preservação e valorização da música e da cultura angolana.

02/04/2024  Última atualização 09H25
O grupo pertecente à RNA agradeceu o apoio de todos que sempre acreditaram no projecto

Em declarações ao Jornal de Angola, durante o espectáculo em homenagem à Banda Movimento, pelos 25 anos de existência, no domingo, no Centro Cultural e Recreativo Kilamba, inserido no tradicional "Muzongue da Tradição”, Zeca Moreno realçou que a homenagem é o reconhecimento de um grupo de artistas que mesmo diante das adversidades consegue ser um exemplo de superação e união. "Foi uma homenagem aos 25 anos de estrada de uma das bandas mais conceituadas no mercado musical angolano”, elogiou

Como presidente da UNAC-SA, felicitou o grupo. A Banda Movimento, disse, é daquelas formações artísticas que não deixa dúvidas a ninguém do seu potencial. A banda, realçou, tem tido uma prestação bastante honrosa para o país. É, lembrou, uma banda que tem história.

Depois do ano de 1972, referiu, a Banda Movimento relançou a sua actividade artística, no ano de 2004, com a gravação do segundo disco "Tempo do Contexto”. "É uma banda que estimo pelo trabalho desenvolvido, mas também pelos seus integrantes, pessoas amigas e maravilhosas”, disse.

A Banda Movimento, adiantou, tem sabido dar a merecida continuidade da preservação da música popular angolana. Por sua vez, o membro fundador e ex-integrante da Banda Movimento Dom Caetano felicitou os colegas pela contribuição que têm dado à música angolana durante estes 25 anos. "Hoje, já não estou ligado directamente à banda, mas ainda assim me considero também um aniversariante, pelos bons momentos partilhados com os seus integrantes”, destacou.

A cantora Clara Monteiro reconheceu o desempenho da Banda Movimento ao longo dos 25 anos de existência. "É uma banda que sempre me acompanhou e quando recebi o convite não hesitei, por ter uma excelente relação de amizade com os seus integrantes”, realçou.

Para o músico Cristo, outro artista convidado para fazer parte da festa, o desempenho da Banda Movimento tem sido exemplar ao longo das duas décadas e meia de existência. Segundo o músico, a banda é das poucas no país que tem actividades de forma regular. Yuri da Cunha enalteceu a qualidade artística da Banda Movimento, que tem feito um trabalho de reconhecido mérito e de continuidade na preservação da cultura nacional. "Como artistas, devemos ser mais unidos, amar e perdoar mais”, disse.

Uma trajectória feita com profissionalismo

O produtor e actual director artístico da Banda Movimento, Chico Madne, agradeceu o empenho do colectivo ao longo dos anos, sublinhando que, apesar das dificuldades do marcado musical angolano, o grupo tem sabido valorizar o seu percurso artístico.

Chico Madne explicou que a celebração dos 25 anos é a garantia de continuidade dos projectos ligados à música e na capacitação profissional dos membros. Com o passar dos anos, disse, o grupo soube ultrapassar os obstáculos de forma serena e com resiliência. "Esta homenagem, não é apenas uma conquista do grupo, mas o reconhecimento dos grandes desafios que muitos dos profissionais têm enfrentado para se manter a essência da música angolana sempre no activo.”

Chico Madne realçou que o grupo tem procurado trabalhar pelo colectivo. Em gesto de agradecimento, Chico Madne, mais uma vez, reconheceu a utilidade do Movimento Nacional Espontâneo, da Rádio Nacional de Angola (RNA) e a todos quantos fizeram parte desta jornada para a afirmação do projecto artístico.

A banda de todos os angolanos

A banda foi fundada no dia 2 de Março de 1999, tendo como mentor Fiel Didi, dirigente associativo e grande entusiasta da música angolana, na altura afecto ao Movimento Nacional Espontâneo.

       Romão Teixeira (baterista), Diogo Sebastião "Kintino” (guitarra ritmo), Teddy Nsingui (guitarra solo), Massoxi (percussão), Augusto Neto (teclado), Dom Caetano, Bangão e o baixista Domingos Lopes "Canhoto” fizeram parte da primeira linha.

Em 2002, a formação passa a integrar a RNA e Chico Madne entra para o projecto, que na fase inicial teve o apadrinhamento de Justino Fernandes, António Fiel Didi e Job Castelo Capapinha.

Com dois álbuns publicados, "Espontaniedades” e "Kufikissa”, a formação trabalha com os principais nomes da música nacional e não são raras as vezes em que é chamada para acompanhar artistas estrangeiros. Actualmente, fazem parte da Banda Mister Kim, Massoxi Miguel Correia (percussão), Chico Madne (teclado), Nininho (teclado), Teddy Nsingui (viola solo), Romão Teixeira (bateria), Mias Galheta (baixo), Kintino (guitarra ritmo), Beth Tavira e Gigi (coro).

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