Uma Feira do Livro inaugurada, ontem, em Luanda, vai juntar, até ao dia 9 de Março, vários escritores da Editora Mayamba, para venda e sessão de autógrafos de obras autorais.
O responsável para a área comercial da Editora Mayamba, Albino Muhongo, disse que a Feira do Livro serve para comemorar duas datas importantes, o 2 de Março, Dia da Mulher Angolana, e o 8 de Março, data do 14º aniversário da editora.
Durante a feira, explicou, vão ser realizadas várias actividades, como recital de poesia, concertos musicais e palestra com o tema "Assédio sexual nas organizações”.
Albino Muhongo ressaltou que a Feira do Livro não é aberta a outros expositores, mas apenas para escritores com obras publicadas pela Editora Mayam- ba, no sentido de promoverem sessões de venda e assinatura de autógrafos das suas obras.
Os visitantes que se interessarem por um livro, avançou, terão um desconto de trinta por cento do valor do mesmo. "Para aqueles visitantes ou leitores que não tiverem dinheiro para adquirir um livro, podem fazer a leitura da obra no recinto da feira”, disse.
Um outro modelo, explicou, é a interacção directa que os leitores ou os participantes da feira vão ter com os escritores para a troca de experiências.
Uma boa iniciativa
O escritor Manuel Júnior disse que a realização da feira é uma boa iniciativa, porque ler um livro transforma a vida do homem e ajuda a aumentar o conhecimento.
Manuel Júnior autografou, ontem, na feira, o livro intitulado "O contributo para história do Bairro Operário”, lançado em 2021, sob a chancela da Editora Mayamba.
De acordo com o autor, o livro retrata a vida social dos moradores do Bairro Operário no período colonial até ao ano de 1974.
Palmira Tchipilica é outra escritora que autografou, ontem, o livro autoral, do género científico, com o título "Estatuto do Indigenato”, que conta a história da era colonial sobre os não assimilados.
A escritora mostrou-se feliz por ter o livro exposto na feira, porque está no meio de obras de grandes escritores renomados do mosaico literário angolano. "E isso deixa-me muito satisfeita, porque acredito que a minha obra pode ser procurada por estudantes de História e servirá de apoio para pesquisa para o trabalho de fim do curso”, disse.
Palmira Tchiplica felicitou a Editora Mayamba por proporcionar um encontro de gerações e um contacto directo entre escritores e leitores. Um outro ponto, descreveu, é a homenagem feita às mulheres angolanas na véspera da celebração do Março-Mulher.
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