Desporto

Federação precisa de 125 milhões de kwanzas

A Federação Angolana de Xadrez (FAX) precisa de 125 milhões de kwanzas para o cumprimento cabal do programa de actividades aprovados para cada ano desportivo.

06/03/2024  Última atualização 08H07
Tito Martins garante gestão rigorosa para Angola honrar as presenças nas provas internacionais © Fotografia por: Edições Novembro

A verba destina-se para custear despesas com a massificação, formação (de treinadores e árbitros), competições nacionais e internacionais e despesas administrativas.

Em declarações à Angop, o presidente de direcção, Tito Martins, assegurou que do valor aprovado, a instituição movimenta apenas 50 milhões de kwanzas anuais.

"Graças a uma gestão criteriosa, num aperto financeiro constante, a Federação mantém o xadrez activo na maior parte das províncias ao longo dos anos. Somos suavizados por patrocinadores fixos", frisou.

O antigo xadrezista revelou que a FAX recebe do Ministério da Juventude e Desportos uma dotação anual de 18 milhões de kwanzas e os restantes valores vêm de parcerias regulares com as empresas ITA, PRODEL, UNITEL e ZAP.

A título de exemplo, citou que uma delegação composta por dez jogadores pode consumir 50 milhões de kwanzas com estágio, bilhetes de passagens, estadia, alimentação, ajudas de custos e outras necessidades inerentes à participação.

"Não tem sido fácil o cumprimento das actividades de cada época, fundamentalmente, a participação no Campeonato Africano, Mundial e Olimpíadas, cujas ausências resultam em sanções quer da Confederação Africana ou da Federação Internacional de Xadrez", justificou.

Tito Martins reiterou que a modalidade exige a participação regular nas competições internacionais de elevado nível competitivo para que os atletas aumentem o desempenho e alcancem pontos e normas, de modo que Angola tenha o maior número de Mestres FIDE e Internacionais.

O presidente lembrou que, num passado distante, a instituição viveu tempos áureos, pois, quase não contava com a dotação do Ministério da Juventude e Desportos.

"Existiam patrocinadores de grande intervenção, como a empresa cervejaria Cuca que disponibilizava entre 28 a 30 mil dólares para a realização do Torneio Internacional Taça Cuca. Era um evento que reunia os melhores xadrezistas africanos e do mundo", recordou.

A última edição da prestigiada prova foi disputada em 2013 e foi conquistada pelo Grande Mestre francês Vladislav Tkachiev e Anna Zozulia.

Em 2021, houve a tentativa de reactivação da Taça Cuca, com a presença de atletas nacionais, mas a situação da economia nacional não permite. O Mestre Internacional David Silva e a Mestre Fide Ednásia Júnior foram os vencedores.

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