Fátima Jardim, embaixadora de Angola na Itália e representante do país junto da sede do FIDA, em Roma, revelou que Donal Brown manifestou a sua satisfação com os resultados desta parceria, tendo reafirmado que Angola é um exemplo no quadro da transformação que está a viver e empreendido pelo Executivo no sector produtivo, agrícola e pescas.
A diplomata frisou também que Donal Brown deixou claro durante o encontro com a Vice-Presidente que Angola vai continuar a ser parceiro do Fundo Global, no quadro do FIDA 13, apresentado no mês de Fevereiro.
A embaixador lembrou que o Fundo Global é dedicado à pobreza e à fome, constantes nos objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
Fátima Jardim realçou também que o representante do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola e a sua comitiva felicitaram o Presidente João Lourenço, pelo seu empenho em colocar entre as prioridades a agricultura e os sistemas primários produtivos.
Durante a Conferência de Paris, indicou, o FIDA pretende também levar na montra internacional o exemplo de Angola.
De acordo com uma nota do Escritório das Nações Unidas, Angola é um país onde os pequenos produtores podem beneficiar-se consideravelmente do aumento da sua resiliência. As ameaças aos meios de subsistência das comunidades costeiras vêm de várias direcções, incluindo chuvas erráticas, secas, aumento do nível do mar e aumento da frequência de tempestades.
Estes e outros impactos esperados das mudanças climáticas colocam Angola entre os países mais vulneráveis. Nesse contexto, a acção do FIDA na promoção da adaptação climática tem ajudado a fazer a diferença. "O FIDA foi criado no auge da crise alimentar mundial da década de 1970 e agora, mais de 40 anos depois, enfrentamos outra crise. Mas desta vez, estamos equipados com lições e tecnologia para ajudar a construir a resiliência das comunidades rurais para reduzir o impacto da crise”, disse Donal Brown.
"Angola é um dos parceiros e apoiantes mais importantes do FIDA em África, com uma parceria de longa data. Existe um grande potencial para a agricultura desempenhar um papel ainda maior na economia de Angola e na transformação dos sistemas alimentares e o FIDA espera trabalhar com o Governo nisso”, acrescentou.
Donal Brown faz-se acompanhar do também vice-presidente associado e director do departamento de Gestão de Riscos do FIDA, Alberto Cogliati.
De acordo com uma nota do Escritório das Nações Unidas em Angola, durante a estada dos representantes da FIDA em Luanda, as suas discussões vão centrar-se no papel dos pequenos agricultores em garantir segurança alimentar em Angola, nos desafios impostos pelas alterações climáticas e nas estratégias para transformar e modernizar o sector agrícola e pesqueiro do país.
Investimentos avaliados em 257 milhões de dólares
Até ao momento, o FIDA co-financiou oito projectos em Angola em investimentos avaliados em 257 milhões de dólares, atingindo mais de 486 mil famílias rurais.
O FIDA lançou a sua 13ª reposição a 16 de Fevereiro deste ano, solicitando mais investimentos em pequenos agricultores e outras pessoas nos países em desenvolvimento. Os pequenos agricultores produzem pelo menos um terço dos alimentos do mundo, onde 70% são produzidos em países de renda baixa e média.
O documento considera estes produtores fundamentais para a segurança alimentar global, mas também para a estabilidade, porque a fome e a pobreza podem promover a migração e os conflitos.
O FIDA, criado em 1977 para dar resposta à seca e episódios de fome que têm vindo a afectar África e a Ásia, tem trabalhado em regiões mais remotas de países em desenvolvimento e em situações de fragilidade, onde poucas instituições financeiras internacionais actuam.
A instituição promove o aumento dos investimentos públicos e privados na agricultura e no desenvolvimento de infra-estruturas rurais, visando o combate à pobreza, à fome e ao aumento da resiliência junto da mulher rural, numa altura em que se posiciona como o segundo maior investidor multilateral em segurança alimentar e nutricional do mundo. O FIDA dedica-se ao financiamento e mobilização do cofinanciamento dos Estados-membros e de países em desenvolvimento.
Fruto deste trabalho, a instituição conseguiu contribuir, até hoje, com 19,7 mil milhões de dólares em empréstimos e doações, e mobilizou recursos adicionais de 27,1 mil milhões de dólares em cofinanciamento e fontes domésticas.
Em 2017, cerca de metade dos fundos aprovados foram absorvidos pelo continente africano e 35% se destinaram a países em situações de fragilidade. As pesquisas mostram que os investimentos do FIDA reduziram a pobreza em 5,6-9,9% em comparação com 3-7% nos programas de transferência de renda.
Actualmente, o organismo tem como desafios trabalhar na recolha de financiamento para o desenvolvimento, maximizar a atribuição de fundos para os países de baixos rendimentos com vista a promover uma integração sistemática de adaptação às mudanças climáticas, fazendo desta o elemento central de um novo programa de redução da pobreza rural.
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