Os dados foram revelados, sexta-feira, pelo secretário de Estado dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Domingos André Tchicanha, à margem da cerimónia de entrega de cartões de identificação e subvenção de serviços sociais aos antigos combatentes e veteranos da pátria, deficientes de guerra e familiares de combatentes tombados ou falecidos.

O processo de recadastramento e de prova de vida, justificou o secretário de Estado, visa, acima de tudo, retirar do sistema de pagamentos todos os falsos pensionistas, de modo a permitir ao Governo prestar maior atenção aos verdadeiros veteranos da pátria, através dos programas concebidos pelo Executivo.

Domingos André Tchicanha sublinhou, também, que deve ser considerado antigo combatente todo aquele cidadão que participou da luta anticolonial até 11 de Novembro de 1975, e não "aquele cidadão que nasceu nos anos de 1962, 1963 e 1964”, porque "muitos dessas faixas etárias, que assim se consideram, sequer, na época, tinham idade para pegar em armas.

O processo de recadastramento e de prova de vida, acrescentou o secretário de Estado dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, "veio dignificar o verdadeiro guerrilheiro”.

Domingos André Tchicanha referiu, ainda, que o processo permitiu, por outro lado, inscrever na base de dados da província de Cabinda 1.343 pessoas, das quais 346 pensionistas já receberam os respectivos cartões de identificação, sendo 170 na primeira fase, que teve lugar em Janeiro deste ano, e 176 na segunda fase, que acontece, agora, neste mês de Abril.

Os cartões de identificação e subvenção ora entregues, lembrou, visam identificar os verdadeiros pensionistas com direito à redução de despesas na maioria dos serviços sociais, como energia eléctrica, água potável, transportes públicos, entre outros.