Economia

Fábrica têxtil do Dondo inicia fase de produção

O ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, preside hoje, no Dondo, província do Cuanza-Norte, ao acto oficial de relançamento da fábrica têxtil Comandante Bula (ex-Satec).

15/03/2021  Última atualização 11H48
A unidade está inserida no projecto do Executivo angolano que visa o relançamento e recuperação da indústria têxtil © Fotografia por: Kindala Manuel| Edições Novembro
Uma nota do Ministério da Indústria e Comércio a que o Jornal de Angola teve acesso indica que a unidade fabril está, oficialmente, sob gestão do grupo empresarial Baobab, do Zimbabwe.

O grupo empresarial assumiu os activos da unidade fabril depois de vencer o concurso público internacional realizado para a concessão da gestão da empresa, com opção de compra, e está neste momento a proceder a estudos de viabilidade para a aquisição de um campo para a produção de algodão, principal matéria-prima da actividade têxtil.

A empresa prevê produzir 6.300 toneladas de algodão por ano, com vista a substituir, num futuro breve, importações na fase inicial da produtividade.
A unidade fabril ocupa uma área de 88 mil metros quadrados, com três naves e duas linhas de produção. Conta com serviços de fiação, malharia, tingimento, acabamentos, confecção de roupas e uma área para o fabrico de tecidos de ganga.

Capacidade produtiva
A nota indica que a primeira linha possui uma capacidade instalada para 180 mil camisolas e 150 mil camisas por mês. A segunda vai produzir, em igual período, 489 mil metros de tecidos.
Numa primeira fase, a fábrica prevê criar 600 empregos, "mas a capacidade instalada permite que a médio prazo o número de postos de trabalho directos venha a duplicar, com o funcionamento em pleno de todas as unidades”.

A unidade fabril, um investimento primário italiano, foi instalada em Angola em 1967, tendo começado a funcionar no período 1970 a 1996, com 1.200 trabalhadores até à sua paralisação.
De 2013 a 2016 foi relançada, no quadro de um projecto de relançamento da indústria têxtil do Governo angolano, financiado pelo Japão, cujo plano incorporou também a recuperação da Textang, em Luanda, e África Têxtil, em Benguela.

O grupo empresarial Baobab também venceu o concurso para a gestão da fábrica têxtil de Benguela, cujo acto de relançamento oficial aconteceu em Fevereiro.

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