Durante a exposição, foi notória a presença de representantes de grupos carnavalescos, do município de Moçâmedes, como 5 de Abril, o bairro mais populoso, Comandante Kussy II, com vestes à rebita, bessangana e estilo mucubal, o Saidy Mingas fundado em 1981 com recordações e momentos de desfiles. Os "papões”  Forte Santa Rita e Torre do Tombo, incluindo os Mirins da Torre do Tombo, (a "campeã” infantil em classificações, entre 1999 e 2019, este último ano ocupou o primeiro lugar) e o Espírito Santo, também prestigiaram a manifestação cultural.

De todos os palmarés da história do Carnaval na província, o grupo carnavalesco da Torre do Tombo é o mais destacado, ao vencer 17 vezes. Ficou em segundo lugar em 14 edições, quatro vezes em terceiro, 14 vezes com o melhor comandante (Ricardo Jorge) e 10 com a melhor alegoria. Lembrar que este grupo carnavalesco mereceu, em 2013, uma homenagem nacional, promovida pelo Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente.

O comandante do grupo carnavalesco do bairro Espírito Santo, Sabino Alfredo, referiu ao Jornal de Ango-la, que sendo a Covid-19 o "maior mal” pela não realização, na Marginal da cidade, de habituais desfiles e, para não passar a data despercebida pelos amantes da cultura, particularmente do Carnaval, "o Executivo angolano pensou bem em promover eventos do género”, que juntaram todos  num só ambiente de festa e dança. O grupo perspectiva vencer as próximas edições, caso a pandemia da Covid-19 passe, uma vez o seu conjunto estar fortemente preparado para o que vier, pois "estão recheados de muita surpresa, para um grupo mais jovem que almeja deixar cair os grandes.”