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Exército pode substituir forças da União Africana

O Exército somali poderá substituir as forças da União Africana, que deverão deixar o país no final de 2024, garantiu, domingo, o Presidente somali, Hassan Sheikh Mohamoud, que considerou "encorajadores" os resultados obtidos com a ofensiva, actualmente em pausa, contra os radicais islâmicos do Al-Shabab.

27/11/2023  Última atualização 11H16
Forças somalis preparam-se para cobrir o vazio a ser deixado pela força da União Africana © Fotografia por: DR

Lançada em Agosto de 2022, no Centro do país, esta ofensiva contra o grupo afiliado à Al-Qaeda, que lidera uma insurreição contra as autoridades somalis há 16 anos, registou progressos notáveis, mas estagnou nos últimos meses.

O Exército somali, associado a milícias de clãs, beneficiou do apoio das forças da União Africana (Atmis), para retomar grandes áreas do território, particularmente, no Centro do país. A Atmis, composta por tropas do Burundi, Djibouti, Etiópia, Quénia e Uganda, deveria iniciar uma segunda fase de retirada em Setembro, com a partida de 3 mil soldados, mas o Governo somali solicitou e recebeu um adiamento de três meses.

"Coincidiu com um momento em que tivemos alguns contratempos e dificuldades em nos reorganizar”, reconheceu Hassan Cheikh Mohamoud citado pela Efe, numa conferência em Londres, organizada pelo Think Tank Royal United Services Institute.

"Mas, agora, estamos prontos. Podemos assumir o poder em Dezembro", acrescentou, especificando que esta retirada, também, dizia respeito à segurança da Presidência somali. Questionado sobre possíveis novos prazos que o seu Governo poderá pedir até ao final de 2024, garantiu que "não o faremos”, estando o país em vias de colmatar a falta de militares treinados.

"Estamos numa situação melhor do que antes e em 2024, enquanto a retirada faseada continuar, também, criaremos mais forças. Estamos muito confiantes que seremos capazes de assumir a responsabilidade pela segurança do país ", insistiu o Presidente Hassan Cheikh Mohamoud, que estava em Londres para participar numa Cimeira sobre segurança alimentar mundial.

Apoiado pela comunidade internacional, o Governo controla principalmente cidades, incluindo a capital Mogadíscio. O Al-Shabab continua estabelecido em grandes áreas do Sul e do Centro do país.

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