Política

Exercícios potenciam marinhas de guerra

Pedro Ivo

Jornalista

O chefe do Estado-Maior da Marinha de Guerra Angolana (MGA), vice-almirante, Manuel de Jesus, disse, sábado, em Luanda, que o Exercício Obangame Express (OE) 2024 contribuiu para a potencialização das marinhas africanas, bem como nas suas autonomias de coordenação na luta contra os ilícitos no mar.

19/05/2024  Última atualização 07H59
Vice Almirante da Marinha de Guerra Manuel de Jesus © Fotografia por: Edições Novembro

Ao discursar no acto de encerramento das manobras militares, que decorreram de forma simultânea em todos os países do Golfo da Guiné, o contra-almirante afirmou que com o "grande" suporte da Arquitectura de Yaoundé, o Obangame Express 2024 permitiu maior cooperação operacional e internacional e o reforço da diplomacia militar.

O exercício, destacou o vice-almirante, desempenha um papel preponderante com vista a contribuir para a liberdade de navegação na região, reforçando a coordenação na luta contra a insegurança marítima.

O chefe do Estado Marior da Marinha de Guerra, Manuel de Jesus sublinhou, ainda, que o sucesso alcançado ao longo da execução do Obangame Express 2024 se deveu à colaboração dos efectivos ao longo das manobras militares.

O vice-almirante , explicou que o s objectivos principais do exercício, foram os de ajudar a consolidar a Arquitectura de Yaoundé e a Segurança Marítima no Golfo da Guiné, com o propósito de contribuir para a liberdade de navegação em zonas de maior interesse das marinhas dos Estados ribeirinhos, consolidando, deste modo, a diplomacia militar de boa vizinhança.

"A Marinha de Guerra Angolana participa neste Exercício desde 2015.

Angola pertence à Zona A e é o Estado-Piloto, fazendo parte desta Zona as Repúblicas do Congo e do Congo Democrático", indicou o responsável militar.

O capitão de mar e guerra Miguel Encoge, referiu que Angola teve um aproveitamento de 91,6 por cento nos cenários em que o país participou.

Durante a apresentação do balanço das execuções do órgão castrense, no exercício, esclareceu que na Zona A foram planificados 12 cenários, dos quais Angola participou em 11, terminando com este nível de desempenho.

"Assim tivemos a oportunidade de enaltecer e praticar a cooperação entre as marinhas da Zona A, os procedimentos em abordagem combinada, assim como a interacção e a coordenação entre os organismos que cooperam no mar", acrescentou.

No âmbito da implementação da Arquitectura de Yaoundé, o Exercício Obangame Express 2024 decorreu de 6 a 17 de Maio, simultaneamente, nos países que fazem parte do Golfo da Guiné, subdividido por cinco zonas, nomeadamente A, D, E, F e G, sendo Angola o coordenador da Zona A.

O exercício militar insere-se nos acordos marítimos e de interoperabilidade entre os países africanos, europeus e americanos, que decorre sob os auspícios da Força Naval Africana (NAVAF) e do Comando Africano (AFRICOM) dos Estados Unidos da América (EUA).

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