A informação foi avançada aos jornalistas, no final da visita do ministro francês da Transição Ecológica e Coesão Territorial, Christophe Bechu, ao Centro Nacional de Previsão do Tempo do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET), que visou avaliar o nível de execução dos compromissos assumidos pelos dois países, no âmbito da modernização do referido empreendimento.

Mário Oliveira lembrou que a segunda fase da modernização do INAMET permitirá uma maior cobertura das estações meteorológicas do país, salientando que o mapa meteorológico deverá ser acrescido tendo em conta a extensão territorial.

O contrato global entre o INAMET e o Meteo France Internacional (MFI), para a modernização do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, foi assinado em 2018, num orçamento de 180 milhões de euros. Para a primeira fase foram disponibilizados 67 milhões, sendo que a segunda fase contempla o apetrechamento do empreendimento social com tecnologias avançadas, com vista a melhorar a previsão do tempo e prover serviços meteorológicos de qualidade.

"Pretendemos chegar a 500, a instalação de estações meteorológicas no país, para que se tenha cobertura mais efectiva e a economia possa tirar proveito daquilo que é o trabalho da meteorologia”, referiu Mário Oliveira, que prevê a inauguração do Centro Nacional de Previsão do Tempo no decurso deste ano.

Defendeu melhores ferramentas tecnológicas no INAMET, para a prevenção de "situações graves”, lembrando que actualmente as informações do INAMET já surgem na cadeia da Organização  Meteorológica Mundial.

A par da modernização do Centro Nacional de Previsão de Tempo, Mário Oliveira disse que está em curso o projecto para a construção do Satélite de Observação da Terra, uma ferramenta que permitirá a Angola prever serviços variados, que poderão contribuir para o crescimento da economia nacional.

Governante francês impressionado com  instalações do INAMET

O ministro francês da Transição Ecológica e Coesão Territorial, Christophe Bechu, mostrou-se impressionado pelo estado avançado do projecto e pela qualidade das instalações do INAMET.

"O clima está, cada vez mais, imprevisível”, referiu o governante francês, que defendeu ferramentas de previsões cada vez mais potentes, para prever chuvas mais violentas, variações de temperaturas mais intensas, incluindo ciclones.

Christophe Bechu falou da parceria existente entre o INAMET e a Meteo France Internacional, instituição implantada em 115 países.

Referiu que com os trabalhos realizados e novos sistemas montados no INAMET, nomeadamente calculadores e servidores, já é possível ter maior capacidade de análise da previsão do tempo.

Defendeu o aumento de investimentos em termos de ferramentas para o estudo dos fenómenos, para que se possa levar informações meteorológicas a sectores como a aviação civil, segurança, petróleo e gás e agricultura para a obtenção de um maior grau de precisão.