Reza a história que Cacuaco é uma das comunidades mais antigas da província de Luanda. Ascendeu à categoria de vila no dia 24 de Junho de 1940, período em que foi instalada a Administração, segundo dados fornecidos por algumas entidades tradicionais locais.
Em Junho de 1976, sete meses volvidos sobre a proclamação da Independência Nacional, o Conselho da Revolução põe fim à crise na empresa, promulgando a Lei n.º 51/76, que nacionaliza, em favor do Estado angolano, a antiga empresa privada portuguesa e, em seu lugar, cria a Edições Novembro - EP, proprietária e editora do “Jornal de Angola”
Numa caminhada de redescobrir os encantos do país, um grupo de turistas nacionais irá pernoitar três dias, de a 5 a 8 de Março, na Camela Amões, um vilarejo situado no município do Cachiungo, 86 quilómetros do centro da cidade do Huambo, para, em palestra científica, conhecer um pouco da história do surgimento da aldeia e a experiência de desenvolvimento local no contexto africano.
O projecto turismo académico "Redescobrindo os encantos de Angola” é, de acordo com Afonso Pina, CEO da Criar Sabendo, entidade promotora da excursão, uma forma de incentivar as pessoas a olharem mais para as potencialidades turísticas internas, abrindo, assim, caminho para o desenvolvimento da indústria da paz no país.
"Precisamos descontrair, respirar ar puro da natureza, aguçar a visão e adquirir novos conhecimentos e aprendizagens que ficam para a eternidade, pelo que o turismo é, nesta envolvência, o sector que propicia estas condições de lazer e prazer da vida”, diz Afonso Pina, apontando que a escolha da aldeia Camela Amões, para acolher a primeira excursão académica, não foi aleatória.
A transformação que se observa na Camela Amões, explica o CEO, é merecedora de estudo, pelo que está prevista, durante os três dias da excursão, a realização de colóquios/palestras, a fim de se elucidar os turistas e visitantes de como foi possível, no meio de um matagal, construir-se infra-estruturas relevantes para o desenvolvimento humano e de fomento ao turismo rural.
"A expectativa, em conhecermos os encantos da aldeia, o percurso histórico do seu desenvolvimento e dos seus fundadores, é imensa. Está tudo preparado para esta primeira experiência de descobrirmos as nossas potencialidades turísticas”, vaticina.
E são 112 anos de existência
Há 112 anos, concretamente, a 20 de Fevereiro de 1910, era fundada, por Prata Camela, a aldeia, que, antes conhecida por Lufendo, veria assistir nascer uma das famílias ilustres do Planalto Central, os Amões.
É esta família que, "por sentimento de amor à terra que os viu nascer”, empreende um trabalho de requalificação da aldeia, com a construção de casas sociais, escolas, restaurantes, centro de saúde, reserva de animais, igrejas, jangos, bungalows, piscina, parque industrial e outras infra-estruturas essenciais ao bem-estar dos aldeões.
À frente do projecto, iniciado em 2014, estava o quarto filho do casal Moisés Chacamba Amões e Rosa Navinho Essenje, o perecido empresário António Segunda Amões, que desejava, com recursos próprios, colocar a aldeia dos seus ancestrais no trilho da "valorização” do meio rural, em que a indústria do turismo seria o cartão-de-visita.
O infortúnio que bateu à porta da família, a 4 de Dezembro de 2020, ‘fez tremer’ o destino da requalificação da aldeia, de que, pela tamanha devoção como António Segunda Amões, homem que "sonhava grande”, se entregava ao projecto, não haveria, a continuidade.
A 20 de Fevereiro, dia da fundação da aldeia e do quinquagésimo terceiro aniversário natalício do seu refundador, a garantia de que o projecto é para ser "perpetuado” foi reafirmada por Maria Augusto Ferreira Amões, a esposa do finado, por ocasião da inauguração de uma estátua em homenagem a Segunda Amões.
"A inauguração dessa estátua, em homenagem ao meu marido, é o compromisso da família de que o projecto é para continuar e ser perpetuado. Esperamos, no entanto, poder contar com o apoio de todos para a materialização desse sonho que o Segunda tinha”, disse, perante o vice-governador do Huambo, Elmano Francisco, a esposa.
Maria Augusta Amões, parca nas palavras, mas objectiva nas metas a alcançar com o projecto, reconhece que a dinâmica não será a mesma, porque, diz, o Segunda tinha uma têmpera de correr riscos e não tinha nada de impossível, no que dependesse do homem, a não ser "por força e vontade de Deus”, confessa.
O vice-governador do Huambo para o Sector Técnico e Infra-estrutura, Elmando Francisco, que procedeu a inauguração da estátua, disse que a aldeia Camela Amões é um projecto "magno de orgulho” e com excelentes condições que dispõe se transformar, a curto prazo, num verdadeiro destino turístico no país.
Yuri da Cunha, o artista show-man, foi o cabeça-de-cartaz para, em dois espectáculos, animar os festejos da fundação da aldeia, do aniversário de Segunda Amões e da inauguração da estátua. "É para mim, por tudo que privei com ele, uma enorme honra estar aqui presente para esta homenagem. Poucos são os homens com o coração que tinha o Segunda Amões”, desabafou.
O mesmo pensamento, da dimensão humana do empresário, foi defendido pelo jornalista Ernesto Bartolomeu, apresentador do Telejornal da TPA, realçando que Segunda Amões "foi um homem visionário” e "descobridor de talentos” por onde passava.
"Quando, um dia, apresentou-me o projecto da aldeia Camela Amões, disse-lhe que seria possível essa transformação. No seu jeito característico, de desafiar "os teimosos”, disse para aguardar para ver que nada era impossível. E, ao provar que estava certo, aqui está a obra deixada pelo mano Segunda”, descreveu..
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