O superintendente-chefe Angelino Sarrote explicou que, posteriormente, os exames vão ser estendidos, de forma gradual, nas demais províncias, uma vez que essas regiões estão já a ser equipadas com materiais para a implantação dos exames no sistema multimédia.

Referiu que o novo modelo surge nos termos do Código de Estrada e a sua implementação vai trazer vários benefícios, principalmente na eliminação da intervenção humana durante o teste.

Além disso, o exame multimédia vai permitir que o examinado seja acompanhado em tempo real e o resultado processo em tempo recorde.

Com isso, explicou o superintendente-chefe, o Governo está a cumprir o estipulado por Lei, no artigo 119º, do Código de Estrada e do Regulamento do Ensino da Condução e Habilitação Legal para a Condução.

Angelino Sarrote avançou que o novo modelo escrito de exames vai adequar-se aos parâmetros regionais dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e normas internacionais, bem como permite um maior rigor na aptidão de novos condutores, lisura e imparcialidade dos examinadores.

O responsável avançou que os exames multimédia fazem parte do Projecto da Estratégia Nacional de Prevenção e Segurança Rodoviária 2023-2027, pelo facto de dar uma maior lisura e rigor na atribuição de novo resultado, afastando uma possível empatia ou apatia de quem examina.

Quanto aos critérios a ter em conta entre os candidatos a esses exames, avançou que a idade mínima recomendada (a partir dos 16 anos para ligeiro amador e 21 anos no caso de profissional e pesado), estar inscrito numa escola de condução, frequentar um número mínimo de aulas de acordo com a categoria pretendida e ter aptidão física e mental.

Examinadores preparados

O responsável afirmou que os instrutores e examinadores estão preparados para levar a cabo este programa de exames escritos multimédia.

Para isso, foram, recentemente, formados os examinadores e instrutores, em função do novo modelo de ensino e exame de condução.

Angelino Sarrote acrescentou que, para esse feito, está a ser desenvolvido uma série de actividades de fiscalização das escolas de condução, com vista a aferir as condições técnicas e materiais.

Os exames das escolas de condução e avaliação médica dos condutores também vão obedecer ao actual modelo, sobretudo, por essas já ensinarem com base nos padrões modernos, desde Novembro do ano passado.

A par desse modelo, o responsável de departamento anunciou que se prevê, igualmente, a entrada de um novo Código de Estrada, de modo a adequá-lo às boas práticas internacionais e aos padrões da SADC.