O músico Vui Vui e o artista plástico Horácio Dá Mesquita felicitaram a elevação dos géneros de dança e música kizomba, assim como a tchianda e os instrumentos musicais marimba e quissange a Património Imaterial Nacional, pelo Ministério da Cultura.
O Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET) e o artista plástico, Pedro Yaba, inauguram, esta segunda-feira, uma exposição fotográfica, intitulada “Simbiose”, no âmbito das Jornadas do Trabalhador Mineiro.
A genialidade artística do Mestre Kituxi foi exaltada na abertura da segunda edição do Festival Balumuka, em que o grande instrumentista é homenageado pela trajectória artística. A quarta-feira ficou também marcada pela apresentação do concerto “Fragmentos”, com a aula magna do Grupo Nguami Maka e a actuação dos Meninos da Fubu.
Os feitos de Miguel Francisco dos Santos Rodolfo "Mestre Kituxi”, em prol da promoção e valorização dos instrumentos tradicionais e identitários nacionais, foram reconhecidos e exaltados.
O Governo de Luanda esteve representado pela directora provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, Tatiana Mbuta, que realçou que a homenagem ao Mestre Kituxi, ainda em vida, é merecida, pelos feitos e o contributo que deu e continua a dar à música angolana de raiz.
O homenageado, ressaltou, levou a bandeira de Angola além-fronteiras, através de instrumentos tradicionais que identificam a cultura nacional. "Com 83 anos, Miguel Rodolfo está muito jovem. Esperamos que outros precursores promovam a nossa cultura e possam ser também lembrados e reconhecidos”, disse Tatiana Mbuta, acrescentando que "pelo que reúne, em termos de requisitos, Mestre Kituxi deve ser merecedor do Prémio Nacional de Cultura e Artes. Fez muito pela cultura nacional e continua a ser bem representado pelo Grupo Nguami Maka.
O director do Palácio de Ferro, João Vigário, disse, na cerimónia de abertura da segunda edição do Festival Balumuka, que conseguiram alcançar os objectivos traçados. "Neste primeiro dia de actividades homenageamos um ícone da música angolana e que é merecedor dessa distinção”, reforçou
Durante a homenagem foram projectados vídeos com depoimentos elogiosos de amigos e colegas a teceram comentários sobre o Mestre Kituxi. Entre as pessoas que teceram comentários a enaltecer a figura de Mestre Kituxi, o destaque vai para Zeca Moreno, músico e presidente da União Nacional de Artistas e Compositores - Sociedade de Autores (UNAC-SA), Paulo Flores, Bonga, Victor Gama, Cabuenha Janguinda (artista multidisciplinar), Nina Barati (etnomusicóloga), Ana Luísa (filha), Celso Rodolfo (filho), Ana Paula (neta), Mestre Camisa (fundador do Abadá Capoeira), Rodrigo Mourais (músico brasileiro), Jorge Mulumba (músico), Filoshelsia Mulumba (neta), Lourdes António (bailarina), Mila Costa (bailarina) e Dina Cláudia (bailarina).
As netas do homenageado felicitaram o avô pelas músicas e a participação na elevação da cultura nacional e, também, por ensiná-las a tocar bem a dikanza. "Aprendemos muito com o avô e hoje somos gratas pelos ensinamentos transmitidos, amamos-te muito avô”, foram as palavras de reconhecimento das netas.
O presidente da União Nacional dos Artista e Compositores - Sociedade de Autores (UNAC-SA), Zeca Moreno, referiu que depois de muito tempo a tocar as músicas ancestrais com o Grupo Kituxi e seus Acompanhantes na década de 80 do século passado, Mestre Kituxi evoluiu para uma carreira a solo.
Zeca Moreno realçou que Kituxi marcou de forma indelével a música angolana, fez da cultura a sua vida, com uma voz magna e com os instrumentos tradicionais levou a bandeira do país em outros lugares deste vasto mundo.
Victor da Gama é de opinião que as novas gerações devem ter o Mestre Kituxi como uma fonte de inspiração e que, felizmente, continua a levantar bem alto a bandeira de Angola, a cultura nacional e as nossas ancestralidades.
O músico e compositor Paulo Flores referiu que Kituxi é um Mestre com uma incomensurável dimensão humana, pela simplicidade com que sempre se apresenta. "Trabalhamos juntos na produção de um álbum e sempre esteve pronto para servir e elevar a nossa musicalidade, com o domínio que tem em tocar o Hungo e valorizar as línguas nacionais durante as suas apresentações”.
O jornalista Ismael Mateus disse que foi uma homenagem merecida, por ser uma grande figura da música tradicional angolana. "Miguel Rodolfo é um registo muito importante e foi bom que a homenagem tenha sido feita em vida, e devem fazer-se mais homenagens a outros artistas nacionais ainda vivos”. Acrescentou que Mestre Kituxi fez um trabalho de grande valor e músicas com muita qualidade, salientando, igualmente, que já é tempo do artista conquistar o Prémio Nacional de Cultura e Artes.
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