Política

Ex-delegado das Finanças detido por desvio de dinheiro

O ex-delegado provincial do Ministério das Finanças no Cunene, César Lucas “Selu”, e o chefe do Departamento de Contabilidade e Tesouro, João Simão, foram detidos, na terça-feira, em Ondjiva, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), acusados de desvio de 45 milhões de kwanzas.

09/04/2021  Última atualização 14H20
© Fotografia por: DR
O porta-voz do SIC local, José Coimbra, esclareceu que César Lucas e João Simão "estão implicados na prática de crimes de peculato, participação económica em negócio, abuso de poder, associação criminosa e branqueamento de capitais”.

César Lucas exerceu as funções de delegado das Finanças entre 2017 e 2020. No âmbito do combate à corrupção, vários gestores têm sido levados à barra da Justiça, por descaminho do erário. No Cuanza-Norte, o ex-administrador municipal de Ngonguembo, Daniel Domingos, o actual chefe de Secção de Saúde Pública daquela municipalidade (antigo responsável do Planeamento da Administração municipal), Manuel Cazua, e o administrador da comuna de Cavunga, Miguel Calunga, estão em prisão preventiva.

Uma nota da Procuradoria-Geral da República, em Ndalatando, refere que as causas da detenção são os "forte indícios” da prática de peculato, falsificação de documentos, associação criminosa e participação económica em negócios, puníveis nos termos do Có-digo Penal.Daniel Domingos é o quarto administrador a ser detido por práticas de peculato e outros de natureza económica na província do Cuanza-Norte. Na cadeia da Comarca de Ndalatando estão detidos os antigos administradores de Bolongongo (Mi-guel Gaspar), do Golungo Alto (Teresa da Costa) e do Lucala (José Teixeira). Também estão detidos alguns responsáveis municipais (no activo e cessantes) daquelas localidades.

Angélica Macânua, ex-administradora municipal  do Cuango, foi c ondenada, em Fevereiro, pelo Tribunal Provincial da Lunda-Norte, a quatro anos e seis meses de prisão, por crimes de peculato, por desvio de mais de 79 milhões de kwanzas, branqueamento de capitais e abuso de poder, crimes praticados em 2017.  

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