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Europa tem 10 mil milhões para fomentar investimentos verdes em África

Ministro de Estado e Negócios Estrangeiros de Portugal reconhece que África é uma das principais regiões afectadas pelas alterações climáticas, ao mesmo tempo que é uma das que menos contribui para isso.

18/04/2021  Última atualização 21H31
© Fotografia por: DR
O ministro de Estado e Negócios Estrangeiros de Portugal disse, nesta sexta-feira, que dos 30 mil milhões de euros de financiamento ao abrigo do novo orçamento comunitário, cerca de 30 por cento estão destinados a investimentos com objectivos relacionados com o clima.
"A União Europeia acabou de aprovar o novo instrumento para o desenvolvimento regional e cooperação internacional, com uma alocação de 30 mil milhões de dólares para a África sub-saariana, que tem 30 por cento como meta de despesa para investimentos com objectivos de natureza climatérica”, disse Augusto Santos Silva.

O ministro falava no encerramento do Fórum Empresarial Europa-África, que terminou nesta sexta-feira (16), com uma ‘Green Talk’ de alto nível sobre "Acelerar a Parceria UE-África para a Transição da Energia Verde”, organizada pela presidência portuguesa da União Europeia (UE).

"A próxima cimeira entre a União Europeia e a União Africana é o momento perfeito para a consolidação da parceria sobre eixos semelhantes, e a transição verde estará na nossa agenda, com o nosso empenho, quer através dos países individualmente, quer através da presidência da UE, para que esta abordagem seja frutuosa e mutuamente vantajosa”, acrescentou o governante.

A transição energética para um modelo mais sustentável e menos dependente de combustíveis poluentes trespassou grande parte da intervenção do ministro, que defendeu que esta evolução "é uma hipótese para acelerar a diversificação económica” nos países dependentes da exportação de recursos naturais e pode "traduzir-se em crescimento, criação de empregos e mais competitividade”.

Reconhecendo que África é uma das principais regiões afectadas pelas alterações climáticas, ao mesmo tempo que é uma das que menos contribui para isso, Santos Silva vincou: "Isto é injusto e não pode ser repetido na mudança para um novo paradigma baseado na transição para uma energia verde”.

A mudança de paradigma na energia, concluiu o governante, "é um imperativo para todos”.

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