Cultura

Euclides da Lomba e Calabeto animam “Almoço Angolano”

Analtino Santos

Jornalista

Canções como “Desejo Malandro”, “Recado de um Semba”, “Regressa”, “Caso de Amor e Ternura”, “Angustia Fatal”, “Livre Serás” e outros temas que marcam a carreira de Euclides da Lomba, o cabeça de cartaz, animarão a primeira edição deste ano do “Almoço Angolano”, domingo, a partir das 13h00, no Hotel Diamante.

24/03/2023  Última atualização 08H00
© Fotografia por: Luís Damião | Edições Novembro

A Banda Maravilha irá acompanhar o artista de cartaz  e os convidados Calabeto e Margareth do Rosário, com um duplo regresso, depois de passagens anteriores e a coincidência de actuarem na última edição de 2022, ao lado de Legalize, Dina Santos e Robertinho, com o suporte da Banda Yetu.

António Simão, gestor da unidade hoteleira e principal dinamizador do projecto, promete manter ou superar a qualidade das edições anteriores e desta forma continuar a conciliar a restauração e o melhor da música nacional.

Quanto a escolha do elenco disse que "Euclides da Lomba é uma das vozes mais acarinhadas da nossa praça e nós pretendemos trabalhar com os melhores e o mesmo acontece com a Banda Maravilha”, com quem têm uma forte relação.

Euclides Barros da Lomba nasceu a 18 de Fevereiro de 1966, em Cabinda, e começou a carreira musical como trovador, em 1984, em Cuba, país onde fez a formação académica em música. Cresceu num ambiente artístico-cultural onde coexistiam os hábitos angolanos, congoleses e cabo-verdianos.

Tem no mercado os álbuns "Livre  Serás”, "Desejo Malandro”, "Recado num Semba”, "Três Sucessos em Um” e "O País que venero”, albúm pouco explorado em aparições públicas.

Entre as várias distinções e prémios o destaque vai para o Top dos Mais Queridos, edição 2002. Euclides da Lomba já conciliou a carreira artística com a docência universitária. Em paralelo com a carreira artística tem ocupado cargos políticos. Actualmente é o director Nacional da Cultura, no Ministério da Cultura e Turismo depois de exercer o cargo de director Provincial da Cultura de Cabinda e o cargo de adido cultural na Embaixada de Angola na Itália.

A Banda Maravilha é constituída pelos veteranos Moreira Filho (baixo e voz) e Marito Furtado (bateria), Miqueias Ramiro (teclas e voz), Isaú Baptista e F.A (guitarra solo e voz). Tudo começou em 1993, com Carlitos Vieira Dias, Moreira Filho, Marito Furtado, Rufino e Joãozinho Morgado. O grupo tem as seguintes obras discográficas: "Angola Maravilha”, "Semba Luanda”, "Zungueiras” e "As Nossa Palmas”.

Calabeto e Margareth do Rosário fizeram a festa a 6 de Novembro de 2022, no concerto de encerramento da temporada daquele ano, do "Almoço Angolano”.

Margareth do Rosário apresentou temas como: "Bia Biluxa”, "Manazinha” e "Temperatura”. A artista é uma das vozes femininas que aposta em interpretar sucessos de Belita Palma e Lourdes Van Dunem. Na sua discografia constam os álbuns "Love one”, "Amor Profundo”, "Outra Dimensão” e "A Paixão tem destas coisas”.

Calabeto tem uma forte relação com o projecto, tendo sido o primeiro convidado do "Almoço Angolano”. Na última passagem brindou com temas como "Nzambi”, "Bomba”, "Nguami Maka” e "Nga Mussengue”.

António Miguel Manuel Francisco "Calabeto” começou no seio artístico aos 13 anos na Turma do Rio de Janeiro. Passou pelos conjuntos Muzangola, Águias Reais, Kissanguela, com colaborações com os Kiezos, Jovens do Prenda e outras formações. O seu primeiro single foi gravado na decada de 1970 do século passado. Tem um disco de originais no mercado, intitulado "Kamba Dyami” e tem participação nos projectos "Criança Futuro” e "Geração do Semba” (volumes 1 e 2).

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