Segundo o especialista, o plano de paz da China para a Ucrânia e as próximas negociações de Xi Jinping com a liderança russa precisam ser considerados no contexto do novo papel de Pequim como potência global construtiva e mediadora na resolução de conflitos complicados, mas é improvável que os EUA recebam bem esses esforços.

Os Estados Unidos não estarão dispostos a entregar o triunfo diplomático de resolver o conflito à China, apontou Burchill. "Os chineses, como você provavelmente sabe, preocupam os americanos no momento, então entregar a eles o triunfo diplomático seria a última coisa na sua agenda [do Presidente dos EUA, Joe Biden] e a questão é se os europeus seriam capazes de extrair algum tipo de o canal de negociação que mantém os americanos afastados e depois pressionar as Américas a ceder”, acrescentou.

"O problema é quem poderia ser o terceiro a reunir as pessoas para fazer isso, porque todos agora declaram a sua posição sobre onde estão principalmente no Ocidente a favor da Ucrânia”, observou o especialista.

"Acho que, no momento, qualquer pessoa no Ocidente que queira desempenhar esse papel deve estar pronta para enfrentar os americanos e esse é o verdadeiro problema para eles”, enfatizou Burchill.