O presidente da Câmara Americana de Comércio em Angola (AmCham), Pedro Godinho, declarou, quarta-feira, em Luanda, que o Governo dos Estados Unidos de América, aprovou dois mil milhões de dólares, para serem aplicados em projectos de energias renováveis, que estão a ser desenvolvidos, nas províncias de Benguela, Cuando Cubango, Moxico e Namibe.
De acordo com Pedro Godinho, a par deste financiamento, o Presidente Joe Biden e a Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyer, garantiram, na ultima reunião do G-7, um financiamento de 200 milhões de dólares, para o desenvolvimento do Corredor do Lobito.
"O Presidente Joe Biden alertou e chamou a atenção aos angolanos que deveriam ter orgulho do seu país, porque os Estados Unidos estão interessados em ajudar a Angola para tornar-se, numa potência económica em África", disse.
O gestor da AmCham disse que, no ano passado, na reunião dos G-7, que decorreu na Alemanha, o Presidente Joe Biden, anunciou publicamente que iria mobilizar 600 mil milhões de dólares, um terço deste valor seria da contribuição dos EUA, para o desenvolvimento de África.
"Se
o Presidente dos Estados Unidos, o Chefe da maior Nação do mundo, invoca e
consegue ver o potencial que Angola possui, quem somos nós, para não podermos
acreditar naquilo que o país pode vir a ser no mundo", notou.
Angola no Grupo G-30
Pedro Godinho indicou que, um dos aspectos que gostaria que fosse alistado pelo Presidente da República, João Lourenço, durante o encontro com o seu homólogo Joe Biden, é a possibilidade de Angola fazer parte do grupo G-30. Ou seja, dos 30 países mais poderosos do mundo.
"Já não vamos poder entrar no G-20, que integra os G-7. Os mais poderosos do mundo, em termos de economia, e alguns países que influenciam o mundo. Mas, no G-30, Angola tem a possibilidade de entrar. Agora, é sabermos, como fazermos para entrar e o que deve ser feito", referiu.
O presidente da AmCham apontou que, para além dos produtos petrolíferos, os Estados Unidos estão a investir, em Angola, nos sectores financeiros, energias renováveis e nas infra-estruturas, como no Corredor do Lobito,
"As relações com os EUA estão cada vez melhores. Aliás, elas vão de boas para excelentes, porque existe uma dedicação particular do Presidente Joe Biden, em relação a estratégia de fortalecimento das duas relações. Sentimos que a administração Biden tem o objectivo de contribuir para o desenvolvimento do continente e de Angola, devido ao seu posicionamento em África e à estratégia que tem, em relação a resolução de conflitos na região", disse.
A entrevista completa desta notícia sai amanhã, sexta-feira, no Jornal de Economia & Finanças.
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