"Uma das razões que nos obrigou a realizar a revisão da antiga estratégia foi a queda do preço do barril de petróleo, as agendas internacionais com as quais Angola está comprometida, como a Agenda 2030, denominada Objectivos do Desenvolvimento Sustentável”, explicou.

Depois de a revisão ter sido iniciada, em 2017, foi interrompida devido ao impacto da pandemia da Covid -2019. "Tivemos esse interregno e só concluímos a estratégia agora,  em Fevereiro de 2023”, informou o secretário de Estado.

A estratégia 2050 tem um paradigma diferente da antiga,  a Angola 2025, tendo em conta que, esta última, focava mais na consolidação da paz, a reconciliação nacional e a unidade territorial nacional.

A nova estratégia traz um paradigma diferente, baseado em cinco eixos fundamentais, nomeadamente, a criação de uma sociedade que valoriza e potencia o capital humano nos domínios da saúde, educação, juventude, ciência e inovação, cultura, desporto e media.

O eixo dois da Esrtratégia destaca a criação de uma infra-estrutura moderna e competitiva nos domínios da energia, telecomunicações, transportes, habitação e infra-estruturas. O eixo três, sobre a economia diversificada e próspera, reserva-se às áreas do petróleo e gás, mineração, agricultura e pecuária, pescas, indústria, comércio, turismo, financiamento e ambiente de negócios.

O eixo quatro, consagrado a um ecossistema resiliente e sustentável, reserva-se ao ambiente, recursos hídricos e silvicultura, com o quinto a incidir sobre os postulados de uma nação justa e com igualdade de oportunidades, inserindo metas como a protecção e reinserção social, igualdade de género, justiça, reforma do Estado e desenvolvimento do território.

Visão para Malanje

A estratégia de longo prazo Angola 2050 considera a província de Malanje como sendo de enorme importância, principalmente na produção agrícola, assim como pela sua localização, que constitui uma intercessão para o Leste e Centro do país.

De acordo com os indicativos da Estratégia Angola 2050, prevê-se para a província de Malanje um aumento da população em cerca de duas vezes, atingindo um número de mais de dois milhões de habitantes. Prevê-se também um acréscimo da taxa de emprego que, em 2050, pode atingir mais de um milhão de  postos de trabalho.

Relativamente à saúde, prevê-se um aumento do número de médicos e enfermeiros,  podendo evoluir sete vezes mais, 8.440 médicos.

De acordo ainda com o documento, toda essa demanda vai levar um investimento de cerca de 38 mil milhões de dólares.