O ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República defendeu, quarta-feira, em Luanda, maior aproximação da Constituição da República de Angola (CRA) aos cidadãos, para a construção de uma sociedade livre, justa, democrática, de paz e igualdade.
A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, assegurou, sexta-feira, em Luanda, que estão criadas as condições jurídicas, administrativas, técnicas e financeiras para o lançamento dos projectos que vão garantir o acesso universal à água potável às populações de Angola.
Falando na 7ª Sessão Ordinária do Conselho Nacional de Águas (CNA), Esperança da Costa disse que diante da importância que os recursos hídricos assumem na vida de todos é urgente articular os diferentes sectores envolvidos nas questões de planeamento, gestão e utilização desses recursos, com vista a satisfação das necessidades da população, especialmente, as das zonas rurais.
O quinquénio 2023-2027, frisou a Vice-Presidente da República, exige um conjunto de tarefas que visam o aproveitamento sustentável dos recursos hídricos, que se afiguram, cada vez mais, valiosos e indispensáveis para o desenvolvimento dos sectores produtivos e o bem-estar de todos.
Esperança da Costa referiu que é necessário e essencial uma redobrada atenção para as populações ribeirinhas, cuja vida está dependente da qualidade da água do rio, dos recursos naturais e dos serviços ecossistémicos que oferecem estabilidade íntegra.
O CNA, juntamente com os demais sectores e organizações, disse a Vice-Presidente da República, deve continuar a trabalhar para uma utilização cada vez mais equitativa dos recursos hídricos no seio das comunidades rurais, bem como a continuidade em empreender esforços para mitigar a seca no Sul de Angola.
De acordo com a também coordenadora do CNA, os documentos apreciados e aprovados, terão, certamente, de proporcionar as condições para o lançamento do trabalho que vai permitir às populações terem acesso universal à água potável.
A realização da 7ª Sessão Ordinária do Conselho Nacional de Águas, a primeira presidida por Esperança da Costa, é uma plataforma institucional permanente e de consulta técnica do Titular do Poder Executivo que impõe uma adequada concertação com os diferentes sectores.
"Ciente das limitações financeiras que o país enfrenta, estamos confiantes que, por via do conselho, trabalharemos todos para encontrar as melhores soluções no sentido de mitigar os inúmeros problemas que limitam o acesso à água e à busca de segurança hídrica, no quadro das alterações climáticas”, realçou.
Gestão Hídrica
O Conselho Nacional de Águas, citou a Vice-Presidente da República, deve ser reforçado na sua posição, no quadro da gestão hídrica, tendo em conta que Angola apresenta um mapa hidrográfico complexo, rico e também vulnerável, quer no contexto das alterações climáticas, como no âmbito dos factores geopolíticos.
Segundo a coordenadora do CNA, os eventos de "stress hídrico", como a seca severa no Sul do país, devem merecer toda atenção, enfatizando que os projectos estruturantes de combate à seca implementados na província do Cunene estão a dar resultados satisfatórios nas populações afectadas.
A construção do sistema de transferência de águas a partir do rio Cunene para a Bacia Hidrográfica do Cuvelai, a construção das barragens do rio Calucuve e rio Ndúe, bem como os respectivos canais, a concretização do Projecto do Cafu é hoje um exemplo do que é recomendável fazer em situações de seca extrema.
Na 7ª Sessão Ordinária do Conselho Nacional de Águas, reiterou a Vice-Presidente da República, foi feito, no essencial, o balanço do exercício do período 2017-2022 e também perspectivar para a organização e funcionamento do CNA, dando especial atenção às linhas orientadoras deste órgão especializado para os próximos cinco anos.
Combate à seca no Sul
Um total de 475 milhões de metros cúbicos de água é a capacidade de armazenamento com a regularização da Barragem de Calueque, no aproveitamento hidroeléctrico do médio Cunene que vai beneficiar as populações afectadas pela seca na província do Cunene, de acordo com o comunicado final da 7 ª Sessão Ordinária do Conselho Nacional de Águas (CNA).
Orientada pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, a 7ª Sessão Ordinária do CNA visou analisar o balanço de actividades do período 2017-2022 e traçar perspectivas para o quinquénio 2022-2027.
A reunião deu ênfase às questões relacionadas com a organização e funcionamento do CNA com a aprovação do regulamento da Comissão Executiva e do regulamento do Secretariado Permanente, apreciação e concomitante aprovação do orçamento para o ano económico de 2023.
Relativamente às actividades com vista a combater a seca severa no Sul do país, os membros foram informados das obras em curso na margem direita do rio Cunene, onde está a ser reabilitado a represa da Cova do Leão, da terra no Rio Caculuvar, bem como o projecto do Sistema Integrado da Cahama - Otchinjau e o Sistema de Abastecimento de Água do Chitado.
Em relação às soluções estruturantes em curso na província do Namibe, visando o combate aos efeitos, a construção da Barragem do Bentiaba, Bero, Carunjamba, Giraúl, Inamangando e Curoca, numa altura em que foi aprovado o concurso público para a recuperação e desassoreamento de 43 barragens de Alvenaria de Pedra, nos municípios da Bibala (21 barragens), Camucuio (16), Moçâmedes e Virei (seis barragens).
Foi ainda apreciada a proposta das linhas orientadores para a elaboração do Plano de Acção do CNA, enquanto instrumento de orientação que corporiza um conjunto de actividades, visões e perspectivas de curto, médio e longo prazo, em matéria de natureza estratégica sobre o domínio das águas em termos do sector. Considerou-se, igualmente, que o plano de acção propriamente dito deve ser multissectorial, complementado com as acções de outros sectores.
O plano de acção do CNA é suportado por nove eixos estruturantes, dos quais se destacam pontos como o desenvolvimento de instrumentos de planeamento e gestão de recursos hídricos, harmonização e compatibilidade da legislação com incidência sobre os recursos hídricos entre os diferentes sectores, revisão e actualização do acordo de 1969, relativo à utilização dos recursos da bacia hidrográfica do Cunene entre Angola e Namíbia.
Outros eixos, frisa o comunicado do encontro, estão relacionados com a regularização de concessões de utilização de recursos hídricos de grande impacto socioeconómico e ambiental, bem como a promoção e desenvolvimento de parcerias público-privadas no domínio da gestão das bacias hidrográficas e prevenção de conflitos de utilização de recursos hídricos entre as comunidades locais e demais utilizadores.
Durante a 7ª Sessão Ordinária, o CNA foi informado sobre as soluções estruturantes de combate aos efeitos da seca alinhadas ao plano de acção do sector da Energia e Águas, no período 2018-2022 e as medidas e acções do Plano Nacional da Água (PNA), cujos eixos passam pelo reforço do abastecimento de água para as sedes municipais e comunais.
Foi dado a conhecer aos membros do CNA um resumo dos principais assuntos que dominam o órgão no mandato, com realce para o Programa de Combate aos Efeitos da Seca no Sul de Angola (PCESSA), do projecto "Cunene 8", com o objectivo de fornecer água potável às sedes municipais da Cahama e do Curoca.
Foi também analisado, no Conselho, a organização e funcionamento das Comissões de Bacias Hidrográficas compartilhadas de que Angola faz parte, com realce para a Comissão Técnica Permanente Conjunta para a Bacia do Rio Cunene e da gestão estratégica e partilhada da bacia trinacional, nomeadamente, Angola, Namíbia e Botswana.
O CNA foi criado pelo Decreto Presidencial nº 76/17, de 20 de Abril. É um órgão permanente consultivo do Titular do Poder Executivo, de coordenação e articulação entre os diferentes departamentos ministeriais, ligados directa e indirectamente ao planeamento, gestão e utilização dos recursos hídricos.
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