Economia

Estado encaixa 3,4 mil milhões de dólares em investimentos

Pedro Peterson

Jornalista

A Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) registou, nos últimos três anos, um total de 345 projectos, avaliados em 3,4 mil milhões de dólares.

25/03/2021  Última atualização 07H51
Zona Económica Especial (ZEE) assume a estratégia de dinamização da indústria nacional © Fotografia por: Vigas da Purificação| Edições Novembro
Divididos em vários sectores da actividade, o destaque recai para a Indústria Transformadora, que com 153 projectos representa, no todo, 1,7 mil milhões de dólares.
O presidente do Conselho de Administração, António Henrique da Silva, apresentou os números, ontem, em Luanda, no balanço dos três anos de actividade da Agência. 

Por outro lado, o gestor disse que, nesses três anos, os sectores de prestação de serviços, com 69 projectos e 313 milhões de dólares; da Agricultura (16), com 213 milhões e o do Comércio (78), com 149 milhões de dólares foram os que receberam maior volume de investimentos.
"Se forem implementados nos termos dos registos efectuados, os projectos poderão criar cerca de 24.987 postos de trabalho directo, dos quais 23.191 serão destinados a angolanos e apenas  1.796 para os expatriados”, declarou.

António Henrique da Silva disse ainda que Luanda continua a ser o destino preferencial dos investimentos, quer nacional como estrangeiro, com cerca de 79 por cento das propostas registadas, seguida das províncias do Bengo (13), Benguela (12) e Malanje (10).
Quanto aos projectos implementados, disse, além dos postos de trabalho criados, contribuíram também para o aumento da capacidade de produção interna e da oferta de produtos nacionais.
Na agricultura, por exemplo, houve um aumento da produção de bens diversos, com cerca de 17 mil toneladas por ano com destaque para os cereais.  No sector de bebidas, também houve um aumento em cerca de 65 milhões de litros por ano, realçando-se a produção de leite pasteurizado, condensado e de sumos.

Conforme os dados da AIPEX, assinalou-se também o incremento na indústria, sobretudo no processamento alimentar em cerca de seis milhões de toneladas por ano, com destaque para a produção de massa alimentar, farinha de trigo, de milho, biscoitos e margarina.
Já nos produtos de higiene e limpeza, os números apontam  para um aumento em cerca de um milhão de caixas por ano, entre detergentes diversos, papel higiénico e fraldas.
Segundo António Henrique da Silva, à medida que aumenta a capacidade de produção interna e a oferta de produtos nacionais, assiste-se também a uma queda progressiva do volume de importações desses produtos.

"Em 2018, as importações representavam cerca de 43 por cento do volume verificado nos três anos. Em 2019, o peso das importações caiu para 36 por cento e, em 2020, para cerca de 22 por cento, apesar de que para o ano passado foram apenas computados os dados até Setembro” , disse o responsável.

Afirmou ainda que a tendência das importações é decrescente e resulta não só do aumento da capacidade de produção interna, como dos investimentos no sector produtivo, mas também de uma combinação de factores económicos, da política cambial e dos programas de apoio à indústria nacional.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Economia