O chefe da Divisão de Geofísica do INAMET, Francisco Canhanga, explicou que a capacidade do novo painel solar permite carregar as duas baterias e garantir o funcionamento da caixa de controlo, composta por equipamentos que possibilitam a conversão dos dados analógicos para o digital.

Segundo o técnico, além da Lunda-Norte, o sensor de última geração colocado na Estação Sísmica do Dundo pode transmitir, em tempo real, para o servidor central do INAMET, em Luanda, informações da movimentação da crosta terrestre (placas tectónicas) de outras províncias da região Leste de Angola e de países vizinhos. 

O sismógrafo, acrescentou, pertence a uma rede sísmica composta por cinco estações, distribuídas pelas localidades de Caxito (Bengo), Gabela (Cuanza-Sul), Luena (Moxico) e Lubango (Huíla), instalada recentemente, no âmbito do Projecto de Modernização do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica.

Francisco Canhanga deu a conhecer que os equipamentos possibilitam o monitoramento sísmico e apoio a diferentes sectores socioeconómicos, em especial aos ligados à construção civil e barragens hidroeléctricas.

O INAMET, referiu, pretende aumentar para 16 o número de estações sísmicas no país, no âmbito do Projecto de Modernização da instituição, adstrita ao Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, principalmente, nas províncias com maior fragilidade sísmica.

Por seu turno, o director do Gabinete Provincial dos Registos e Modernização Administrativa, Catoco Sozinho, garantiu que, para se evitar novamente a vandalização e roubo dos equipamentos, foi reforçado o corpo de segurança no estabelecimento sísmico do Dundo, com efectivos da Unidade de Protecção de Objectivos Estratégicos (UPOE) da Polícia Nacional e das Forças Armadas Angolanas (FAA).