Em geral, uma economia é considerada estável se apresentar um pequeno avanço no PIB e no nível de emprego, da mesma forma em que o aumento médio dos preços de mercado é mínimo.

Angola alcançou a estabilidade económica graças à trajectória de crescimento assinalada desde 2021, ano em que a economia cresceu 0,7 por cento, invertendo um ciclo de recessão que assolava o país desde 2016.

De resto, o crescimento económico é dos principais indicadores da estabilidade económica. Isso é importante porque, de acordo com os economistas, se o PIB aumentar a taxas muito altas, as pressões inflacionistas podem aumentar. Ou seja, se o nível de actividade económica se acelerar muito em pouco tempo, os preços da economia também tenderão a aumentar rapidamente, mas os salários não vão variar na mesma proporção.

Estimativas nacionais e internacionais apontam para um crescimento da economia angolana no ano passado. A empresa internacional de consultoria Oxford Economics fala num crescimento de 3 por cento. Já o Gabinete de Estudos Económicos do Banco de Fomento Angola (BFA) diz que a economia angolana cresceu 3,9 por cento no terceiro trimestre do ano passado, em comparação com o período homólogo de 2021. Tratou-se do sexto trimestre consecutivo de crescimento económico e com o ritmo mais elevado, desde o início de 2015.

Outra nota de realce, neste estudo, é o facto de a economia não-petrolífera ter crescido, no terceiro trimestre de 2022, em 4,4 por cento, contra os 4,2 por cento registado no segundo trimestre do mesmo ano. São estes e outros números que garantiram a estabilidade macroeconómica do país.

E quais são as vantagens de um país ter estabilidade macroeconómica? Uma das principais é o facto de os investidores e empresas estarem mais dispostos em investir. Com mais investimentos, a actividade produtiva aumenta e, com isso, mais empregos serão criados.